O Sul do Brasil é a segunda região com maior número de pessoas conectadas à internet

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul têm 52,4% dos domicílios com acesso à internet, enquanto a média nacional é de 49,4%, segundo estudo do IBGE.  Em Irati, os usuários da rede mundial reclamam da qualidade dos serviços e dos preços cobrados


Ilustrativa

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou no último dia 29, uma pesquisa sobre o número de pessoas com acesso à internet no Brasil, o tipo de rede contratada e a maneira que ele acontece, como via celular, tablet, microcomputador, por exemplo. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 2013.

A pesquisa mostra uma constante evolução no número de pessoas com acesso à rede  mundial. Em 2005, o IBGE constatou que 21% dos domicílios faziam o uso da internet através de algum meio, já no estudo divulgado agora, esse número cresceu para 49,4%, o que corresponde a 85,6 milhões de brasileiros.

Os estados da região Sul do Brasil se destacam por ter números acima da média nacional, chegando a 52,4% dos domicílios da região, ficando atrás apenas do sudeste que tem 57,1%.
Outra característica do Sul é ser a região com maior predomínio do uso do microcomputador para acessar a internet, chegando a 92,3% o utilizando, número é o maior entre as regiões do Brasil e ultrapassa a média nacional em 4%.

O estado do Paraná também apresenta algumas peculiaridades em relação ao resto do país, por exemplo, o tipo de rede contratada pelos domicílios. Enquanto o Brasil aponta uma média de 77,1% das residências com banda larga fixa contratada, no Paraná há um aumento desse número, chegando a 83,6%. Por outro lado, a pesquisa nacional aponta que a média do país em relação à contratação de redes de banda larga móveis é de 43,5%, no Paraná esse volume cai mais de 10% chegando ao número de 29,9%.

Irati
Em Irati, os usuários de internet destacam que fazem seus acessos tanto a partir de microcomputadores, como através de dispositivos móveis, como tablets e celulares.

Em ambos os tipos de acesso, as reclamações sobre a qualidade dos serviços oferecidos na região pelas empresas de telecomunicações são muitas. Alguns também acreditam que o preço cobrado é elevado e que a assistência técnica é ineficiente.

Acompanhe a enquete feita pela equipe do Jornal Hoje Centro Sul, com a opinião dos internautas.

“Faço uso da internet em diversos aparelhos e até considero a qualidade regular, mas o ponto negativo é o preço. É caro para o serviço ofertado”, diz Fernando Rocha, empresário, 28 anos.

“Considero precária a qualidade do serviço. A do celular é um pouco melhor, mas no geral deveria ser mais baixo o preço, devido à oscilação.  A gente paga o valor total sendo que tem dias que fica sem internet”, diz Nelson Cordeiro, mantenedor, 33 anos. 
“Uso a internet principalmente pelo celular e acho o serviço bem ruim. A 3G sempre dá problema e tem dias que fica bem lenta, além do alto valor”, comenta Roseli Burak, cabeleireira, 42 anos.

“Uso a fibra óptica e ela tem se mostrado muito boa, melhor que todos os outros serviços que tinha contratado até então, mas ela é limitada a apenas algumas ruas e bairros da cidade, fator esse que a torna impopular por enquanto”,  diz Guaraci Sinhori, advogado, 59 anos.

“Mais de cinco anos faço uso da rede de internet fixa e acho boa. Entretanto, quando é necessário algum tipo de auxílio o serviço demora demais para acontecer, gerando transtornos”, afirma Solange Sampaio, auxiliar de serviços gerais, 40 anos.

Por Raphael Gierez/Hoje Centro Sul