Robótica, a tecnologia do futuro

Em Irati, a disciplina de robótica é ofertada aos alunos do primeiro ano do ensino médio do colégio Sesi com o objetivo de estimular a criatividade e capacidade de invenção. Houve uma etapa do Torneio Nacional de Robótica em Irati, no dia 22 de setembro


Divulgação/SESI

Quando se fala em robótica, a primeira imagem que se tem na cabeça é a de um robô realizando diversas funções. Apesar disso, a área da robótica envolve mais do que a construção de robôs. Durante as aulas, os alunos têm que desenvolver habilidades e aprender noções de sistemas e programação de computadores.

Impulsionado no início do século XX, o ramo da robótica ganhou força em Irati e, hoje, atrai olhares de jovens curiosos. No início de 2014, o colégio SESI, de Irati, incluiu em sua grade de ensino a disciplina de robótica. Ela é ofertada aos alunos do primeiro ano do ensino médio. O professor Wanderley Marcilio Veronez explica como a matéria é trabalhada em sala. “O objetivo da disciplina não é apenas a criação do robô, mas o desenvolvimento de algumas habilidades do aluno, como a criatividade e capacidade de invenção. O objetivo é o aprendizado do aluno. Queremos que ele aprenda a desenvolver sistemas, que entenda de programação e possa construir qualquer coisa a partir disso. E, quem sabe, no futuro, ser um excelente profissional na área de engenharia da computação”, diz.

Com o objetivo de apresentar os trabalhos desenvolvidos em sala e demonstrar o conhecimento adquirido durante as aulas, o colégio SESI organizou mais uma etapa do Torneio Nacional de Robótica First Lego League (FLL). A etapa regional aconteceu no último dia 22 de setembro, em Irati, e contou com a participação de várias cidades, como Imbituva, União da Vitória, Guarapuava e Ortigueira. O colégio SESI Irati participou com a equipe Hard Brain, composta pelos alunos Tayla Danieli, Miguel Carach, Helton Delfrate, Antonio Alfredo, Matheus Otto, Elian, Jaqueline e Shirley Thais.

Os três primeiros trabalhos foram classificados para a etapa estadual. Os desafios da fase estadual acontecem em outubro e novembro e as melhores equipes irão disputar a etapa nacional, que acontece em março de 2015 e garante vaga no World Festival, evento que acontece nos Estados Unidos e reúne os campeões de vários torneios de robótica pelo mundo.

A aluna e integrante da equipe Hard Brain, Tayla Danieli Lopes Dias, 14, explica sobre o projeto ‘Sesi Talk’, apresentado pelo grupo e que rendeu a quarta colocação no torneio regional. “É um meio de comunicação entre Sesi, alunos e professores. Pode-se conversar através de chat ou vídeo. Pode ser usado para aplicação de trabalhos, para os alunos tirarem dúvidas e também para interação dos integrantes das equipes”.

O também estudante e integrante da equipe iratiense, Miguel Carach, conta como a disciplina funciona e ressalta que as aulas de robótica auxiliam em outras matérias da grade curricular. “Nas aulas de robótica, em sua maioria, utilizamos os diversos kits de Lego Mindstorms NXT 2.0 que temos a nossa disposição. Com ele, montamos nossos robôs, que são em sua maioria relacionados a conteúdos de física, realizamos os desafios propostos pelo professor, também podemos criar nossos próprios robôs, e claro, interagindo e realizando essas atividades em equipe. A montagem dos robôs desenvolve a nossa criatividade, estimula nosso aprendizado, simplifica resolução de alguns exercícios de física e torna as aulas mais dinâmicas”, finaliza.

Por Kyene Becker