Construtora Derbli gerava caixa dois, diz Ministério Público


Policiais federais, auditores da Receita e procuradores do Ministério Público Federal participaram da ação realizada simultaneamente nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio e São Paulo. Aproximadamente 400 servidores agentes participam das ações.

Foram cumpridos 73 mandados de busca e apreensão, 3 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de prisão temporária.

A partir da deflagração da primeira fase da Operação Integração, com o avanço das investigação, a análise de todas as provas reunidas, os dados reunidos e acordos de colaboração premiada firmados por alguns investigados foi possível identificar a existências de núcleos específicos e organizados que atuavam de forma criminosa para explorar e obter benefícios indevidos a partir dos contratos de concessão de rodovias federais no Paraná.

Os investigados responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, fraude a licitações, lavagem de dinheiro e associação criminosa, dentre outros.

DOCUMENTO

Confira aqui o documento "Operação Integração" e todo o processo citado logo abaixo:

CONSTRUTORA DERBLI 

Segundo o documento, o dinheiro era entregue em espécie pelas concessionárias e era obtido mediante a produção de caixa dois por parte das empresas concessionárias; a produção de caixa dois ocorria por intermédio da celebração de contratos inteiramente fictícios ou através da celebração de contratos verdadeiros, mas com “valores inflados”; esses contratos tinham o objetivo de
gerar dinheiro em espécie; a empresa CONSTRUTORA DERBLI gerava caixa 2 porque era indicada por PEPE RICHA e DEONILSON ROLDO para as concessionárias contratarem.

No documento, cita que a Construtora Derbli recebeu R$ 5.826.942,66 da CAMINHOS DO PARANÁ entre 13/05/2005 e 06/10/2015; Derbli Locação de Equipamentos recebeu: R$ 950.829,53 da Caminhos do Paraná entre 12/09/2013 e 16/07/2014.

Intermediadores de dinheiro em espécie:

A investigação demonstrou que há inúmeras empresas que firmaram contratos com as concessionárias de pedágio com o objetivo de produzir dinheiro em espécie para pagamento
de vantagens indevidas. Em razão do tempo e do volume da investigação, o aprofundamento investigativo em relação à autoria dos administradores dessas empresas se deu nesse momento
em relação aos administradores da IASIN e IACOM, mencionados por NELSON LEAL JUNIOR.

Confira  aqui o documento com a texto citado acima.


Confira também a Coletiva de Imprensa logo após a operação: