Entrevista na íntegra - Jorge Derbli



Recentemente, a equipe do Jornal Iratiin esteve na Prefeitura Municipal de Irati para um bate-papo com o prefeito Jorge Derbli, que falou a respeito de diversos temas relacionados à administração municipal. Segue o vídeo da entrevista na íntegra:




Segue abaixo o texto transcrito da entrevista. No texto, foram feitas algumas edições à fala original, apenas no intuito de adaptar a linguagem falada à linguagem escrita.

Antes de 2016, você já havia concorrido ao cargo de prefeito por três vezes, sem conseguir se eleger. O que o levou a tentar mais uma vez, mesmo depois das derrotas?
Jorge Derbli –
Perdemos nas urnas em três eleições. Mas, eu nunca considerei isso como “derrota”, e sim como aprendizado. Aprendizado de como não deveria ter feito uma campanha política em algumas situações. Durante a campanha, em muitas coisas a gente acerta, e em outras nem tanto. Nestas derrotas, a gente vê que mais errou do que acertou. Insisti porque era vontade minha, pessoal, estar um dia aqui sentado nesta cadeira e poder fazer alguma coisa pelas pessoas que moram em Irati. Tínhamos muitos planos, muitos projetos. Agora, sentado aqui, estou conseguindo desenvolver isso e tenho certeza absoluta que, nestes quatro anos em que vou ficar aqui como prefeito, vou conseguir realizar muitos destes planos e destes projetos que eu tinha já em todas as eleições, e que agora estão se concretizando.

Nas eleições, outros cinco candidatos disputavam com você o cargo de prefeito. Você saiu vitorioso do pleito com mais de dez mil votos de diferença para o segundo mais votado – um número bastante expressivo, em relação ao número total de eleitores do município. Ao que você atribui este resultado nas urnas?
Jorge Derbli –
Acho que houve uma conjuntura política - até diria nacional - de a população querer uma mudança. Eles queriam uma mudança e, como eu vinha insistindo em outras eleições, e a gente se comprometendo em fazer várias coisas pela cidade, acho que as pessoas pensaram: “vamos dar uma chance para este candidato, para ver se realmente ele é capaz de fazer”. Isso ajudou bastante. Ainda esta conjuntura econômica que o país vinha atravessando, com muitos problemas inclusive na administração anterior aqui. Tudo isso colaborou para que a gente conseguisse ter esta vitória expressiva, vencendo os outros cinco candidatos, e ainda fazendo dois mil votos a mais do que a soma dos demais candidatos. Foi uma vitória expressiva que a gente teve. De um lado positivo, isso trouxe para nós esta eleição com este número de votos. Mas, em compensação, trouxe também uma responsabilidade muito grande, perante todo o município, de executar as obras com que a gente vinha se comprometendo durante toda esta campanha.

Logo no início de sua gestão, ganhou destaque na imprensa local a notícia de que o déficit financeiro da Prefeitura Municipal de Irati seria de quase R$ 12 milhões. Esta informação foi inclusive contestada publicamente nas redes sociais pelo prefeito anterior, o qual teria citado que o déficit seria, efetivamente, de pouco mais de R$ 3,5 milhões. Independentemente desta diferença de interpretação, como você e sua equipe avaliam a atual situação financeira do município e como pretendem gerir esta situação?
Jorge Derbli –
Essa dívida realmente existe. É uma dívida consolidada. Quando assumi aqui, recebi um relatório do dia 31 de dezembro, mostrando que nós devíamos para 296 (duzentos e noventa e seis) fornecedores. Uma dívida estimada em R$ 7,5 milhões a fornecedores, sem o devido respaldo financeiro em conta. Esta foi a dívida de 2016. E tem ainda de 2015 e 2014, restos a pagar de outras obras, que a soma total disso chegaria próxima a R$ 12 milhões. Mas, a gente está contornando a situação. Em três meses de mandato - janeiro, fevereiro e março - a gente conseguiu, destes R$ 7,5 milhões, pagar R$ 3 milhões. Fora o que se gasta no dia-a-dia do município. Então a gente conseguiu já pagar bastante fornecedores. Inclusive, optei por pagar primeiro todos os fornecedores de Irati. E com o seguinte critério: antes os que têm menos para receber. Ou seja, aqueles que têm R$ 1.200,00, R$ 3.000,00, R$ 4.000,00. A gente fez uma limpa nestes fornecedores, pagou todos eles, porque sabe das pequenas empresas a dificuldade que têm de caixa. E com os grandes fornecedores, os que têm ainda a receber, estamos fazendo uma negociação e pagando todo mês um pouco. Espero que a até junho/julho, eu consiga liquidar de vez esta conta da administração anterior – que não deveria ter ficado. Porque, se eu tivesse com os R$ 3 milhões em caixa este ano, nós iríamos fazer muita coisa que eu não consegui fazer por falta de dinheiro. Tenho, no meu compromisso: “não reclamar das coisas que me antecederam”, porque isso não leva a nada. A população não quer saber se a dívida era 5, era 10 ou era 15 (milhões de reais). Ela quer saber o que o prefeito vai fazer pelo município neste mandato. É isso que nós queremos fazer: estamos enfrentando esta dívida, pagando, fazendo parcelamento, convocando os fornecedores maiores para uma composição. A gente está trabalhando já. Tive um gasto muito grande nestes três meses com a recuperação do parque de máquinas, com equipamentos que estavam há mais de um ano em oficinas. A gente mandou arrumar, para poder atender a nossa safra, melhorar um pouco as estradas do interior e fazer um tapa-buraco emergencial na cidade. E mesmo com toda essa dívida, e com a receita caindo um pouco mês a mês, a gente tem conseguido fazer as coisas. Eu espero que, a partir do segundo semestre, quando a gente conseguir fazer o equilíbrio financeiro do município, e também com a vinda dos créditos das emendas parlamentares que foram destinadas a Irati por vários deputados e que devem ser liberados a partir de julho/agosto, a gente tenha uma receita extra para executar muitas obras. A prioridade nossa é concluir todas as obras que estão paralisadas. Estamos trabalhando muito para concluir o Ginásio de Esportes, o Centro da Juventude, a nova sede da Prefeitura, bem como creches, escolas, Centro Cultural do Guamirim, obras em andamento na Vila São João, enfim, obras na cidade inteira.  Temos em torno de vinte e oito obras do mandato anterior para terminar, então temos muita coisa para fazer. E só vamos iniciar uma obra nova se conseguirmos, junto ao Governo do Estado e/ou ao Governo Federal, uma verba específica, que não onere os cofres do município e cubra 100% da nova obra. Do contrário, não vamos iniciar a obra sem ter o recurso financeiro.

Uma das principais questões que permeiam a gestão pública é o relacionamento com o funcionalismo, ou seja, com os servidores municipais. Como você pretende tratar essa questão?
Jorge Derbli – Cada administrador, cada prefeito que senta nessa cadeira tem uma maneira de fazer a gestão pública. A gente tem, digamos, um sistema próprio com que eu já trabalho na minha empresa com 300 funcionários, e veio aqui, junto com 1220 funcionários que temos concursados hoje (na Prefeitura), tentar trazer da iniciativa privada para a pública uma experiência, para tentar mesclar isso e fazer uma administração um pouquinho diferente do que vinha sendo feito. Pois bem. Eu me impressionei até com os funcionários daqui, porque se fala muito do funcionário público. Mas, eu vi que as coisas são diferentes. Eles trabalham, eles fazem, eles se dedicam - Raras exceções. É um percentual muito pequeno, que gira em torno de 1% a 2%, de um ou outro que não está bem intencionado no trabalho. A grande maioria, 98%, tem o intuito de trabalhar pelo bem da cidade. O que acontece, muitas vezes, que o funcionário não dá a produção que a gente precisa? Acontece que ele não tem o apoio necessário da administração. É por isso que a gente está tentando buscar, em cada setor e em cada secretaria, a melhor forma, o melhor ambiente de trabalho para ele e as condições para que ele produza o máximo que puder. E me impressionou: o que atrapalha aqui na Prefeitura não é o funcionário público. É o sistema administrativo, que para comprar uma tevê, por exemplo, você leva 60, 90 dias fazendo uma licitação. Para comprar um pneu de caminhão, as coisas são muito devagar. Demora muito. Prazos, editais, como manda a lei. Isso aí é que amarra muito a gente. Muitas vezes a gente quer produzir, o funcionário quer produzir, mas a lei nos impede. Temos que respeitar alguns prazos, e isso aí demora.  Teria que ser um pouquinho diferente, um pouquinho mais rápido essas situações, como por exemplo de compra, quando se quer comprar dentro do município. Porque nós queremos que todos os fornecedores de Irati, de materiais e de serviços, tenham a oportunidade de vender para a Prefeitura. Era um compromisso nosso de campanha, e estamos fazendo licitações de uma maneira que as pessoas de Irati que tenham suas empresas, pequenas, médias e grandes, possam participar e a gente possa tentar que o dinheiro fique em Irati e gere renda e emprego na cidade. Enfim, estamos indo bem, em uma sintonia boa com os funcionários.

Como você pretende gerir as negociações com o funcionalismo e com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Irati (SISMI), sobretudo no que diz respeito ao:
a)reajuste salarial da data-base:
Jorge Derbli –  No dia 18 de abril assinei um decreto para ir a Câmara de Vereadores, dando um reajuste de 6,58%, que é a reposição da inflação do ano de 2016. O Sindicato queria mais, porque na administração anterior parece que ficou alguma pendência. Mas, a gente está tocando 2017 daqui para frente. E esses 6,58%, na nossa folha de pagamento que chega a quase R$ 6 Milhões, dá um impacto de quase R$ 400 Mil por mês. Estamos com os gastos em pessoal chegando aos 52% do orçamento - já acima do Limite Prudencial, que seria de 51,5% - e trabalhando com o número mínimo de concursados e estagiários. Tenho muita gente que está se aposentando, muito auxílio-doença. Então, às vezes falta um ou outro professor, e estamos repondo com estagiários. Enfim, estamos fazendo uma administração financeira para que se consiga manter sempre em dia a folha de pagamento, e dando inclusive este reajuste. Muitas prefeituras hoje não estão conseguindo repor a inflação do ano passado.

b)ao retroativo referente ao pagamento dos 35%: 
Jorge Derbli – Já tivemos duas reuniões tratando exclusivamente desta questão. O Sindicato trouxe um número atualizado aqui para a gente, um valor expressivo, que hoje o município não tem condições de pagar. Mas existe já uma negociação com eles de fazer um parcelamento, e dentro deste parcelamento também uma redução dos valores atualizados. Porque não adianta você ter um dinheiro para receber, e ficar aí dez, quinze, vinte anos. Então é melhor acertar de uma maneira que a Prefeitura tenha condições de pagar, e o servidor mensalmente capitalizando um pouquinho e recebendo este valor. Porque muita gente, se continuar essa demanda judicial, nem os filhos e quem sabe os netos vão receber isso, se continuar desta maneira. Tem que ter um ajuste. E para ter este ajuste nós estamos conversando, para que o município faça sua parte dentro do limite que a gente consiga pagar, que tenha recurso financeiro. O Sindicato está bem consciente disso, que para receber, a gente tem que ter o recurso. Estamos com a negociação muito avançada. Trouxeram para nós uma proposta, e vamos fazer uma contraproposta. Estaremos nos reunindo nos próximos meses para ir discutindo, porque é uma ação complexa, que ainda está na esfera judicial e não tem uma definição se o funcionário tem razão ou o município. Pode sair uma sentença favorável à Prefeitura, ou não. Então a gente já está buscando uma negociação para que consiga resolver de vez essa situação, diretamente com o Sindicato e com os servidores, desde que a Prefeitura tenha condição de pagar. Temos que fazer um acordo dentro do valor que o município tenha condições de fazer o pagamento.

c)aos pedidos protocolados de Aposentadoria Especial que aguardam a realização de Perícia, uma vez que não há Perito no Quadro Próprio do Município:
Jorge Derbli – Estamos já vendo isso aí. Não só para a questão da aposentadoria, mas também para a questão de atestados. Assinei, nestes três meses, mais de 50 pedidos de afastamento por doença. E a gente sabe que a pessoa doente não pode trabalhar, mas tem casos que, às vezes, a coisa vai além do necessário, digamos assim. Então estamos vendo com o setor jurídico para contratar o mais rápido possível este perito ou esta perita, que vai definir se realmente há necessidade de afastamento de 30, 60, 90 dias. Enfim, é o perito que vai definir isso. Isso por questão de aposentadoria principalmente, para não onerar o Caixa de Aposentadoria e Previdência Social (CAPS) de Irati, e para a questão de afastamento aqui. Porque quando se afasta um funcionário, aquele setor fica em aberto, e você precisa colocar outra pessoa lá, que às vezes não está ainda a par de tudo o que está acontecendo, e isso atrapalha o serviço público. Então, se realmente não está em condições, afasta. Mas, se tem condições, tem que vir trabalhar.


Durante o período eleitoral, duas questões foram centrais em seu Plano de Governo e em suas propostas de campanha. Uma está relacionada à recuperação das estradas rurais, e outra ao desenvolvimento econômico e geração de empregos. O que já foi feito ou apurado nestes primeiros meses de gestão no que diz respeito a estes temas, e como se dará o trabalho para o cumprimento destes objetivos?
Estradas Rurais - Jorge Derbli – Sobre estradas rurais, já fizemos um apanhado das principais, desenvolvemos alguns trabalhos e estamos atentando a isso permanentemente. Tenho ido ao pátio como prefeito todo dia, das oito da manhã até às nove, acompanhando os trabalhos junto com o secretário de Viação e Obras Rurais, o secretário de Obras Urbanas e o secretário de Obras. A gente tem nos reunido quase todos os dias lá, para definir as questões do andamento e da operação das obras. Isso está indo muito bem. Nós conseguimos um empréstimo junto ao Governo do Estado de R$ 3 milhões, que vai suprir o parque de máquinas. Vamos comprar escavadeira, patrola, rolo, retroescavadeira. Equipamentos que vão nos suprir, para que a gente possa atingir todo o setor rural, e também o urbano. Devemos receber também aqui as “Patrulhas do Campo”, do Governo do Estado. Seremos contemplados com o serviço de dez equipamentos novos, que vão ser estreados aqui, e vão ficar 60 dias fazendo trabalhos em algumas estradas onde há necessidade urgente. Estrada rural é um serviço permanente. Você faz, você recupera. Mas, quando chove, passa trator, passa caminhão, a estrada fica danificada e você tem que voltar. É um serviço permanente, não vai parar nunca. Só que nós estamos fazendo um trabalho para construir bueiros, porque um dos problemas de Irati é questão da água. Então, queremos fazer cerca de três mil bueiros. Já fizemos licitação e estamos comprando os tubos de concreto. Isso vai dar mais tempo de durabilidade para as estradas. A gente também quer fazer um trabalho em pontes. Tem muita ponte aí no interior, ponte de madeira, e eu não quero fazer mais ponte de madeira. Só de concreto, ou de tubo. Porque essas pontes de madeira têm só três anos de vida útil. Eucalipto aí, que já apodrece. E tem um monte de problema de ponte, tem caminhão que caiu em ponte que apodreceu, então eu não vou construir ponte de madeira. Estamos recuperando algumas em caráter emergencial. Mas é recuperação, porque não tem no momento como fazer por questões administrativas. Ponte que nós vamos fazer, vai ser somente de alvenaria, de concreto, porque eu sei que é uma ponte para toda a vida.

Desenvolvimento Econômico - Jorge Derbli – Quanto à questão de geração de empregos, estive recentemente no Parque Industrial da Vila São João, onde estamos recuperando as ruas, abrindo mais uma avenida – uma rua lá por trás da Yazaki, para dar mais condições – e buscando recursos para a pavimentação. E no Condomínio Industrial da BR-277, da mesma forma, estivemos recuperando as ruas. Temos que fazer também o programa ambiental, porque nem o Parque e nem o Condomínio têm hoje a Licença Ambiental. Para uma empresa se instalar hoje, quando ela vai fazer um financiamento, ela precisa ter a questão ambiental resolvida, e não temos o Plano Ambiental para estes dois locais. Então, a gente já está fazendo uma licitação para poder contratar uma empresa e deixar em dia esta questão ambiental. E, também, enviamos à Câmara uma nova lei: antigamente, quando foi criado o Parque Industrial da Vila São João, era doado o terreno para a empresa. Hoje, é feita só uma Concessão de Uso. Aí a empresa pega esta Concessão de Uso, vai junto a alguma entidade bancária para fazer um financiamento - e construir o barracão, comprar o equipamento e tudo – e quando o banco pede a Escritura do terreno, que é a garantia do imóvel onde vai ser construído o barracão, a empresa não tem. Tem só a Concessão de Uso. Aí não consegue o financiamento.  Vários empresários desistiram e devolveram o terreno à Prefeitura por conta disso. Então, a gente vai fazer uma nova Lei, e se a Lei passar pela Câmara de Vereadores, vamos fazer a Doação do terreno. Não será uma doação total. Vai ser uma doação em que a pessoa é dona do terreno, mas ela tem que cumprir, dentro de um determinado tempo, o que foi programado para criar em números de emprego na sua empresa. Se não fizer isso, ao final deste prazo estipulado neste cronograma de empregos, nós vamos, por meio da Lei, agir para recuperar o terreno para a Prefeitura. Vamos fazer isso para que as empresas não saiam vendendo estes terrenos, ou passando para terceiros. Nós queremos dar terreno para a empresa que queira se instalar em Irati e efetivamente ficar aqui, criar empregos e gerar renda e impostos para o nosso município.

Saindo um pouco da questão profissional, do prefeito, e indo para o Jorge Derbli “em pessoa”, qual você considera como a maior força, ou o principal ponto positivo de Irati?
Jorge Derbli – Você falou de sair do prefeito, e entrar para o Jorge Derbli. É uma coisa meio difícil de explicar. Temos aqui os funcionários, sobretudo os cargos de confiança, que estão mais presentes aqui no Gabinete, e quem fala com eles é um Jorge assim, bem dinâmico. Um Jorge um pouco complicado, que bate na mesa, que quer resolver, que dá prazo, que “tem que fazer”. E nas reuniões aqui eu sempre digo que, reunião por reunião, não me chamem mais. Aquelas reuniões que ficam só no “oba-oba”, que sai daqui e não se resolve nada, para mim não interessa. A coisa tem que ser mais direta, né? Mas, entrando no assunto, Irati tem tudo para nos oferecer. Uma cidade bonita, e cada vez ficando mais bonita. Temos o Plano de Arborização, o Plano de Mobilidade Urbana. Queremos mudar muita rua aqui em Irati. Queremos fazer uma revitalização no Parque Aquático, queremos criar o “Parque da Santa” pensando no Turismo Religioso, o “Parque da Vila São João”, o “Centro de Eventos” no CTG. Queremos melhorar a pavimentação das ruas e das estradas rurais. Irati é uma cidade que produz, e o nosso povo acolhedor tem muito a oferecer.  Precisamos cuidar da nossa cidade. Nossa cidade é a nossa casa, e nosso projeto é isso: cuidar de todos os moradores. Na questão da Saúde e atenção básica, precisamos que não falte o Médico e o Remédio. Isso é importante para nós. Temos hoje, digamos, um complexo de Saúde muito bom, com hospitais e clínicas. Irati é um Centro da AMCESPAR, onde os municípios vêm, e temos bons serviços de Saúde a oferecer a outras cidades. Temos que voltar àquele clima que tínhamos aqui antes, de uma cidade acolhedora e em crescimento, onde as pessoas sintam-se felizes andando na rua e dizendo: “olha como está melhorando isso, como está melhorando aquilo”. Precisamos reacender a chama do iratiense, e fazer todo mundo colaborar. O cidadão que estiver me lendo: limpe na frente da sua casa, estou pedindo para você. Não conseguimos limpar todas as casas em todos os bairros que precisam de roçada e limpeza, então cada um cuide, porque você está cuidando da nossa cidade. E com todos cuidando, isso aqui vai ficar cada vez mais bonito. Vai ser uma cidade que tem Educação, Saúde e Segurança. Falando em Segurança, vamos criar a Secretaria Municipal de Segurança onde, por meio do Ministério da Justiça, vamos conseguir muita verba do Governo Federal e Estadual para fazer uma integração da Guarda Municipal com a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. E isso vai acontecer de uma forma que vai onerar muito pouco o município - somente com a criação de mais um cargo de secretário e alguns assessores - e em contrapartida, vamos ter muito mais recursos para aplicar no custeio da nossa segurança pública. Enfim, tudo isso faz parte das coisas que eu quero fazer. Eu acho que quatro anos é pouco tempo, mas quero dizer aqui que não sou candidato à reeleição. E repito isso quantas vezes for preciso. Quero começar e terminar meu mandato fazendo o que puder, e a reeleição vai me tirar o foco do município. Vou ficar um ano, dois anos pensando ‘como é que eu faço para continuar sentado nessa cadeira aqui’, e não me interessa isso. É quatro anos. E que depois venham outras pessoas bem-intencionadas para conduzir este município. É isso que eu quero.


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