Teatro da Paixão terá mais de 300 participantes em 2017



Entre atores e figurantes, o Teatro da Paixão de Cristo de Irati, em 2017, terá mais de 300 participantes, além da equipe de organização e estrutura. A maior encenação do País sem dublagem será apresentada no próximo dia 08 de abril (sábado), no Estádio Municipal Abrahm Nagib Nejm, às 20h.

O Teatro da Paixão foi retomado no ano passado, após seis anos de paralisação, num esforço conjunto de equipe, fundadores, novos atores e apoiadores, para trazer de volta um dos mais tradicionais eventos culturais de Irati. Com público sempre próximo de 8.000 pessoas, o espetáculo já teve mais de 10.000 expectadores em 1997, quando por uma única vez foi encenado no Estádio Coronel Emílio Gomes (Iraty Sport Club).

O coordenador e um dos fundadores do Teatro da Paixão de Irati, Célio Marcos de Oliveira, o “Kinho”, relata que “além das grandes dificuldades financeiras para montar uma encenação deste porte, ainda mais em tempos de crise, há a dificuldade adicional de se montar uma equipe de organização de voluntários coesa, em que cada um assuma suas responsabilidades”.

“Como a prefeitura absorveu a maior parte da despesa, e temos um apoio fundamental da Caminhos do Paraná na questão dos microfones sem fio, nos resta buscar outros patrocínios para custear estrutura, cenário, figurinos, entre outros detalhes”, explica Kinho.

O Grupo de Teatro São Francisco de Assis, mentor do projeto desde 1988, ainda não definiu se será cobrado um ingresso simbólico para o público assistir à Paixão de Cristo. Mas já está definido que será solicitado um quilo de alimento não perecível, e esta arrecadação será destinada ao PROVOPAR de Irati.

Quem estiver interessado em auxiliar, patrocinar ou fazer doação de materiais para a encenação, pode entrar em contato com o Kinho pelo telefone e whats (42) 9 9832 7272. O e-mail do coordenador é kinhooliveira79@yahoo.com



Ensaios acontecem todos os domingos
Desde fevereiro deste ano os ensaios para a encenação estão acontecendo todos os domingos, a partir das 19h30, no estádio municipal. Fora os figurantes, o núcleo da peça conta com 50 atores. “Alguns fizeram curso de artes cênicas, mas a maioria são pessoas comuns, interessadas unicamente em proporcionar uma bela apresentação”, comenta Kinho.

Além disso, há os encarregados pela montagem e manutenção da estrutura, organizadores, equipes de som, iluminação, filmagem, fotografia e toda a parte técnica. Aproximadamente 100 pessoas trabalham nos bastidores para que a apresentação seja bem-sucedida.

Por haver realmente interpretação com falas em tempo real e não dubladas, os equipamentos usados na atuação precisam ser mais sofisticados e complexos que os de outros teatros existentes no País. “São usados hoje 16 microfones sem fio, cada um operando numa frequência diferente, para que não interfiram uns com os outros, num sistema considerado o que há de mais avançado na categoria”, explica o coordenador.

Kinho também adianta que já montou uma adaptação do Teatro da paixão de Irati para ser encenada em palco, mas novamente a escassez de recursos financeiros e de logística tem adiado a colocação do projeto em prática.

Evolução e Paixão
Desde o início, em 1988, o desejo de evangelizar através da arte foi a paixão que moveu os idealizadores a fazer nascer o espetáculo, que por muitos anos vem projetando o nome de Irati. A idealização partiu do Departamento Cultural e Artístico do Grupo de Jovens Junifra, pertencente à Capela São Francisco de Assis.

Este grupo já tinha alguma experiência em teatros ao ar livre, pois desde 1986 apresentava a encenação do Nascimento de São Francisco de Assis, no pátio da capela. A primeira encenação da Paixão de Cristo aconteceu em 1989 no mesmo local, com cerca de 30 atores. Com o aumento de público a cada ano, a encenação precisou buscar espaço mais amplo, onde em 1993 ficou definido o estádio municipal que, inclusive, comportava mais cenas.

Foi em 1998, já com aproximadamente 300 integrantes e público em torno de 8.000 pessoas, que veio a ser criado o Grupo de Teatro São Francisco de Assis, entidade sem fins lucrativos e voltada unicamente à apresentação.

Com muito esforço, o Teatro da Paixão conseguiu se manter até 2009, mas em função da escassez de apoio, interrompeu sua trajetória no ano seguinte. Em 2016, após muitas reuniões entre antigos integrantes e novos interessados, estudos de viabilidade e apoio do poder público, empresas e voluntários, a encenação foi retomada.

Intérpretes de Jesus:

1988 – 1989: José Valdecir de Souza
1990 – 1995: Valdemir Molenda
1996 – 1999: Nelson Susko
2000 – 2009: Leonilton Simeonato (que permanece no papel até hoje).

Texto: Assessoria de Comunicação (PMI)
Fotos: Leonardo Schenato Barroso










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