Pesquisador
da Embrapa comenta que o há de mais novo no sistema de cultivo é a integração
entre lavoura e pecuária
Atualmente, o Brasil apresenta índices
de desenvolvimento agrícola acima da média mundial, de acordo com o estudo da
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O país também
lidera a produtividade agrícola na América Latina e Caribe.
O agronegócio representa percentual
relevante do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que representa a soma de todas
as riquezas produzidas no país. Os números também são positivos nas vendas
de produtos para outros países, especialmente para a China e os Estados Unidos.
Ao longo das duas últimas décadas, as
pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa) têm
aprimorado as tecnologias de cultivo minimizando os riscos de perdas da
produção. Esses avanços são essenciais para o aumento da produtividade
brasileira.
A rotação de culturas, o manejo adequado
do solo, o controle integrado de pragas, controle químico de doenças e
zoneamento agroclimático que dão suporte à produção, são algumas das técnicas
aprimoradas.
Segundo Amélio Dall’agnol, pesquisador
da Embrapa Soja, o que se percebe no estado do Paraná, e no Brasil como um
todo, é um evidente crescimento da produtividade, apesar da diminuição na área
de plantio. “Isso com certeza se deve à tecnologia, o Paraná já teve muitos
agricultores que não conseguiram continuar porque não se adaptaram às novas
técnicas desenvolvidas ao longo dos últimos 25 anos”, explica o pesquisador.
O pesquisador explica que o há de mais
novo no sistema de cultivo é a integração entre lavoura e pecuária. “Durante um
ano ou mais, o produtor investe na plantação, depois usa o terreno como
pastagem e passa à pecuária. Essa alternância tem garantido grandes avanços,
pois o solo passa pelo que chamamos de rotação de culturas e não perde seus
nutrientes, otimizando a qualidade do produto”, relata.
O agricultor
Sidnei Benski se mantém sempre bem informado |
No próximo dia 28, comemora-se o Dia do
Agricultor. Para Amélio, o trabalhador rural deve se orgulhar, pois a
agricultura é essencial para a economia do país. “O agricultor foi responsável
pela transformação do Brasil, as propriedades que eram de subsistência passaram
para a agricultura empresarial. Só no ano passado, a produção agrícola gerou
R$80,3 bilhões para a economia brasileira”, conclui.
Máquinas
agrícolas
Segundo o gerente da Valtra – Máquinas
Agrícolas de Irati, Joathan Casar de Souza, a tecnologia de hoje está avançando
com bastante rapidez com relação às máquinas agrícolas. “Hoje, o mercado
disponibiliza tratores tracionados 4x4, Cabinados equipados com ar condicionado,
motores cada vez menores e com mais potência, proporcionando mais economia de
combustível, GPS guiados por satélite para uma melhor e perfeita precisão,
assim como os pulverizadores que também são equipados com motor e GPS. As
colheitadeiras com maior área de colheita com suas plataformas de corte cada
vez maiores, e alguns implementos agrícolas também equipados com estas
tecnologias”, explica Joathan.
O gerente comenta que o desenvolvimento
das máquinas torna o trabalho mais ágil. “Assim, o produtor ganha mais tempo
para que possa aumentar sua produtividade no mesmo espaço, visto que a terra
para se produzir está ficando cada vez mais escassa”, conclui.
Ana Paula Schreider / Hoje Centro Sul