No período da
Quaresma cresce consideravelmente o consumo de peixe, entretanto este tipo de
carne deveria ser mais "popular" no cardápio das pessoas o ano
inteiro, pois contem baixo teor de gordura e ômega 3, essencial para evitar
doenças cardíacas
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Fotos: Divulgação |
Com o início da Quaresma os católicos
deixam de comer carne, principalmente a carne vermelha, em certos dias da
semana e, com isso, o peixe passa a ser o prato principal em muitas casas.
O peixe é classificado como “carne branca” e é um
alimento essencial para uma alimentação saudável. Na Quaresma ele é consumido
em grande quantidade pelos católicos principalmente na Quarta-feira de Cinzas e
na Sexta-feira Santa. Entretanto este alimento não deveria ser consumido em
grande quantidade apenas nesse período, mais sim pelo menos duas vezes por
semana durante o ano todo. O peixe tem um teor de gordura muito baixo, o que é
importante para o combate e prevenção de diversas doenças.
Os peixes são fonte de vitaminas (A,
E, D e niacina) e micronutrientes (ferro, iodo, magnésio, cálcio, sódio,
fósforo, potássio, flúor, selênio, manganês e cobalto), além de ácidos graxos
essenciais, principalmente em ômega-3. Este ácido graxo é um dos mais
importantes para o coração, pois reduz o risco de infarto, evita a formação de coágulos
que podem levar a um infarto ou a um AVC (Acidente Vascular Cerebral, o popular
“derrame”), reduz as taxas de triglicerídeos e previne as arritmias, ao
estabilizar a atividade elétrica do coração.
O consumo de peixe é importante em
todas as fases da vida, em especial na infância para aquisição de hábitos
alimentares saudáveis. Os peixes são valiosos porque são adequados para todos
os tipos de cardápios e podem ser cozidos, fritos, assados, crus e apresentados
de muitas maneiras.
Além destes
benefícios, o peixe ajuda a:
-Diminuir o colesterol;
-Diminuir o risco da arteriosclerose (endurecimento e
espessamento da parede das artérias);
-Aliviar dores e inflamações, pois atua como
antiinflamatório;
-Controlar a pressão alta;
-Controlar o apetite;
-Em mulheres grávidas, previne a depressão pós parto;
-No feto, auxilia no desenvolvimento cerebral.
Alguns
cuidados devem ser seguidos na hora de escolher o peixe:
-Deve sempre estar bem refrigerado e/ou congelado;
-Os olhos do peixe precisam estar salientes, claros e
sem manchas, nunca afundados;
-O odor não deve ser muito forte, mas característico;
-A carne deve estar firme e não se desfazer, assim
como as escamas, que terão que ser claras e brilhantes.
-Passe longe de peixes ressecados ou enrolados nas extremidades.
Prefira os peixes gordos (enchova, salmão, cavala,
arenque), mais ricos em ômega 3 que os magros (bacalhau, badejo). E não são apenas os peixes frescos ricos em
ômega 3: os enlatados, como o atum e a sardinha, têm tanto ômega 3 quanto os frescos.
Silmara Andrade/Hoje Centro Sul