Volta às aulas leva muitos pais às compras na região

Na busca pelos materiais escolares há muita variedade de itens e de preços.   Apesar dos  atrativos,  Procon orienta que pais e alunos devem estar atentos no momento da compra e não terem vergonha de pechinchar

Ciro Ivatiuk/Hoje Centro Sul
 A proximidade do retorno às aulas, previsto para o início de fevereiro, tem levado muitos pais às papelarias e lojas da região. Segundo lojistas, a procura por materiais escolares começou mais cedo em comparação aos outros anos e promete se intensificar nas próximas semanas.

Diversidade de itens e promoções continuam sendo alguns dos principais atrativos oferecidos pelas empresas que comercializam materiais. Apesar da variedade, o Procon orienta que pais e alunos devem estar atentos no momento da compra e não terem vergonha de pechinchar.

Vendas e estoque

Em Irati e Rio Azul, as papelarias e lojas têm registrado uma boa procura, que promete ser ainda maior nos dias que antecedem a volta às aulas. Em Rio Azul, a gerente da papelaria Cia. do Papel explica que a procura começou no mês de dezembro e antecipação das compras favorece um melhor atendimento por parte dos vendedores. “Em dezembro, tivemos várias vendas e, em janeiro, as vendas no setor começaram fortes. Se a tendência se mantiver, haverá um melhor atendimento ao público, pois o acúmulo de pessoas irá diminuir. Além disso, ainda teremos tempo para providenciar a reposição do estoque”, diz.

Ciro Ivatiuk/Hoje Centro Sul
Já na Gil Papelaria, também de Rio Azul, o gerente do estabelecimento conta que o movimento antecipado é causado pelas pesquisas de preço. “A procura pelos materiais sempre começa cedo, com muita pesquisa de preço e escolha. Porém, o movimento de compra acontece mais na última semana antes do retorno às aulas”, afirma.

Em Irati, o gerente de loja da Tudo Casa, Jardel Jacumasso, afirma que o grande movimento no início de janeiro foi uma surpresa e ressalta que as promoções e o bom atendimento podem ser as explicações. “As vendas estão acima do esperado, foi uma surpresa bem grande. Além dos pais quererem garantir diversidade, creio que as promoções também têm atraído muitos clientes. Temos vários tipos de promoção, como o vale-playground, sorteio de prêmios e concurso cultural. Além disso, temos vendedores que todo ano fazem um curso de aperfeiçoamento na área, para estarem preparados para atender e conhecer a função de cada tipo de material”, diz. Jardel ainda explica que espera um aumento de 30% nas vendas em relação a 2014.
Kyene Becker/Hoje Centro Sul

Mas não são apenas os pais que anteciparam as compras. Os gerentes de papelarias e lojas também preferiram abastecer o estoque antes. Aldo Siatkowski, gerente de operações da Tudo Casa, ressalta que as compras para abastecimento de estoque são realizadas, geralmente, na metade do ano. “Nós realizamos uma pesquisa antecipada para detectar as tendências para o ano seguinte. Dessa forma, conseguimos comprar o produto antes, que sai mais barato e tem mais diversidade. Procuramos sempre ter de tudo”, completa.

Preços e diversidade

Para atrair mais clientes, os lojistas apostaram na diversidade e qualidade do produto. As mudanças já são observadas nas prateleiras, que apresentam inúmeras opções para o mesmo material. Em Rio Azul, por exemplo, a representante da Papelaria Cia. do Papel garante que as novidades são fundamentais para uma boa venda. “Todo ano a indústria apresenta novidades. O setor de material escolar é um dos mais dinâmicos na atualidade. Tem alguns que nunca saem de moda, mas todo ano existem novos personagens da moda. É importante ter essa variedade, pois os gostos dos clientes também são diversificados”, afirma a gerente.

Já em Irati, o gerente de operações da Tudo Casa, Aldo Siatkowski, explica que a diversidade é importante para a satisfação do gosto e do bolso do cliente.

“É importante ter essa variedade, porque precisamos atender todos os grupos. Além disso, também é importante garantir o produto para todos os bolsos. Alguns pais vêm com o orçamento contado e não podem ultrapassar o valor pré-determinado, em contrapartida, existem aqueles que não se importam tanto com o valor e buscam o diferencial”, destaca.

Com o aumento da diversidade, os preços também variam e os pais precisam ficar atentos. A professora Gisele Primom é mãe de uma aluna do ensino médio e dá a dica para garantir os melhores preços: pesquisa. “A pesquisa é necessária em todos os anos, mas nesse ano, em especial, é preciso muito mais. Há uma diferença bem grande nos preços, então, é preciso olhar o preço em todos os lugares. A pesquisa facilita bastante, pois é possível comprar um pouco em cada loja e pagar menos”, relata.

Gisele também ressalta que muitos lojistas buscaram qualidade nos produtos, o que atraiu a atenção dos pais. “Os comerciantes estão buscando qualidade e isso é bom, pois os pais também estão exigindo mais isso. Antes, muitos dos materiais que comprávamos, tínhamos que repor meses depois, porque estragavam devido à qualidade. Isso era uma despesa a mais”, completa.

Lista de materiais

As listas de materiais, muitas vezes, acabam trazendo preocupação para os pais. Apesar disso, nesse ano, lojistas e clientes afirmam que as listas estão pequenas e com poucas exigências. A professora Gisele Primom afirma que, em comparação ao ano passado, a lista diminuiu. “Eu acho que a lista está menos exigente. Ano passado, minha filha estava no 9º ano. Acho que agora, por ser ensino médio, a tendência é que a lista diminua cada vez mais”.

Nas papelarias e lojas da região, os vendedores não observaram abusos nas listas. Segundo a gerente da Papelaria Cia. do Papel, em Rio Azul, os pedidos estão dentro do aceitável. “No caso específico de Rio Azul, creio não haver exageros, pois no município só há escolas públicas. Sempre surge a busca por um outro item que precisa ser solicitado, mas essas são as exceções”, ressalta a gerente.
Em Irati, o gerente de loja da Tudo Casa, Jardel Jacumasso, explica que a loja recebe clientes de toda a região e destaca que as listas apresentam bastante variação. “Nós atendemos pessoas de toda a região, de Irati, Rebouças, Mallet, entre outros. O que observamos é que existe uma diferença bem grande na lista de materiais de cidade para cidade. Por vezes, uma é completamente diferente de outra da mesma série”, finaliza.

Kyene Becker/Hoje Centro Sul