Vai um pão quentinho?

Em 16 de outubro foi comemorado o Dia Mundial do Pão e o Paraná é um dos estados com maior consumo de pães do Brasil, com uma média de 44 kg ao ano, contra 33 kg no país. Em Irati, o gosto pelo pãozinho francês leva diversos clientes às panificadoras

Gildo Silva/Hoje Centro Sul

O pão é um dos alimentos mais antigos do mundo”, conta a professora aposentada, Maria Ivete Martins. Ela compra todos os dias na padaria próxima de sua casa, o famoso pão francês, que sempre acompanha uma xícara de café e a leitura do jornal. O brasileiro tem hoje uma média de consumo de pães por pessoa por volta de 33 kg ao ano, abaixo da média determinada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece o mínimo em 60 kg por pessoa, ao ano. O Paraná é um dos estados com maior consumo de pães do Brasil, com uma média de 44 kg ao ano. O alto consumo e a tradição desse alimento, levou a ter uma data exclusiva para ser celebrada. Por isso, 16 de outubro foi marcado como Dia Mundial do Pão.

O pão é o resultado da mistura de trigo, sal, açúcar, água e fermento. As primeiras produções foram feitas pelas civilizações mais antigas da humanidade: egípcios e sumérios. Mas os egípcios se destacaram na prática de fabricação do pão, ao observar a fermentação da pasta de trigo. Porém o pão somente foi implementado na culinária Ocidental a partir da criação das “padarias públicas”, construídas na Roma antiga por volta de 250 a.C.

O pão passou a ser produzido no Brasil a partir da colonização portuguesa em meados do século XVI, e sua fabricação era caseira e com o objetivo de consumo individual. Somente a partir do século XVIII, com a vinda do Império Português ao Brasil, que começam a surgir nas cidades às primeiras padarias brasileiras.

“Tem que gostar de fazer as coisas da melhor forma, como diz, tem que gostar do que faz”, relata o padeiro, Jorge de Ramos, que atua na área da panificação há 32 anos.  Jorge iniciou o trabalho na padaria quando ajudava sua mãe, auxiliar geral de uma antiga panificadora da cidade. Jorge relata que chega a produzir mais de 1.000 pães ao dia. Ele declara que o mais popular nas vendas é o pão francês, mas os clientes sempre acabam levando outros produtos disponibilizados.

Na padaria em que Jorge trabalha, chegam a ser consumidos entre 50 kg a 60 kg de farinha de trigo por dia. “Essa farinha é igual a uma massa pronta, então adicionamos o fermento e água para montar os pães”, diz.

A balconista, Marlene Moris Cidre, conta que cerca de 500 consumidores passam pela panificadora por dia. Às vezes os clientes chegam até a padaria apenas para comer um lanche e nem levam nada para casa. Segundo Marlene, o maior volume nas vendas de pães concentra-se do período da manhã, das 7h00 às 9h00. “Nós observamos que na quinta e sexta-feira o volume de vendas aumenta, mas lá pelo dia 20 já começa a cair o consumo por dia e só retorna no início do outro mês”, diz Marlene.
Entretanto há clientes fiéis, que não abrem mão do consumo de pão. “O pão é um alimento que combina em qualquer hora, você pode até comer na hora do almoço. Eu, por exemplo, como o pão francês pelo menos três vezes ao dia”, diz a cliente Maria Ivete.



Gildo Silva/Hoje Centro Sul