Pais e funcionários reclamam do excesso de velocidade em frente de Escola

Após diversas reclamações de motoristas e moradores da rua Nossa Senhora de Fátima sobre a quantidade de buracos na mesma, a via foi recapeada pelo poder público. Porém, esta situação gerou outro problema: o excesso de velocidade por parte dos condutores de veículos. Um agravante da situação é que na rua existem duas instituições de ensino, o Colégio Estadual Antonio Xavier da Silveira e a Escola Municipal Francisco Stroparo.
IMG_2000A diretora do Iratran, Eliana Soares Fillus comenta que está sendo feita a sinalização com cones em frente à Escola Francisco Stroparo e agentes de trânsito fazem o acompanhamento diário na entrada e saída das aulas. “Mesmo assim, a situação continua complicada pelo fato da velocidade dos veículos ser elevada na rua”, afirma.
Segundo ela, desde que foi feito o recapeamento vem ocorrendo esse problema de velocidade. “Há cerca de três semanas a diretoria da escola entrou em contato conosco e nos avisou sobre a situação e nós estamos fazendo o monitoramento em frente à escola”, garante.
Um dos problemas apontados pela diretora do Iratran é a falta de sinalização horizontal no local, pois após o recapeamento ainda não foi realizada a pintura de faixas de pedestre na rua.
A diretora da Escola Francisco Stroparo, Dione Cristina Antunes, afirma que já foi
solicitada à prefeitura que realizasse a pintura das faixas. “Eles nos repassaram que a empresa que fez o recapeamento é responsável por fazer a pintura das faixas”, aponta.
Como a quantidade de agentes de trânsito do Iratran é reduzida, Eliana Fillus comenta que foi necessário deslocar profissionais de outras escolas para que pudesse ser feito o monitoramento na Escola Francisco Stroparo.
Consciência

“Todo motorista quando fez a sua carteira aprendeu que em frente escolas é necessário diminuir a velocidade, mas mesmo assim muitos continuam correndo em frente a instituições de ensino”, critica Eliana Fillus.
A contradição da situação é visível, segundo a diretora do Iratran, pois ao mesmo tempo em que as ruas ficaram melhores para transitar, os motoristas se aproveitam disso para atingirem altas velocidades na rua. Isso, no entanto, não acontece apenas na frente de Escola Francisco Stroparo. “As escolas procuram o Iratran, mas infelizmente nós não conseguimos atender a todas”, aponta Eliana.
Dione Antunes corrobora a versão da diretora do Iratran quando afirma que depois que foi feito o recapeamento, tem notado que a situação está complicada em relação à velocidade. “Pois os motoristas não têm cuidado e agora não têm a faixa de pedestre. É uma questão de consciência dos motoristas, pois um problema foi resolvido, mas acabou sendo criado outro. Além da Francisco Stroparo, também tem a Xavier nessa rua e por isso o fluxo de estudantes é muito grande”, comenta.
Como a Escola Francisco Stroparo atende apenas o Ensino Fundamental, os estudantes têm entre 5 e 10 anos, o que torna a situação ainda mais perigosa, de acordo com Dione. “Ainda tem um agravante que nossas crianças são pequenas e não têm maturidade suficiente para lidarem com o trânsito”, diz a diretora da escola.
O pai de um dos alunos da escola, Antonio Telegisnki, diz que também se preocupa com o excesso de velocidade praticado na rua Nossa Senhora de Fátima. Para ele, um dos piores
problemas é que o portão da escola fica muito perto da rua e, por isso, as crianças estão sempre em perigo se não houver alguém cuidando do portão. “Agora sempre tem um guardião, mas antes não tinha”, afirma.

 

Incidentes

Eliana Fillus explica que desde o início da fiscalização em frente à escola, não aconteceram acidentes, porém, cita duas ocasiões em que crianças quase foram atropeladas graças ao excesso de velocidade dos condutores. “Nas duas situações, os motoristas frearam bruscamente graças ao apito do agente de trânsito e por pouco não aconteceram acidentes. Numa das situações, a criança viu seu pai do outro lado da rua e saiu correndo para ir até ele. Como as crianças são pequenas, elas ainda não têm a consciência, mas, de qualquer maneira, os dois motoristas estavam em alta velocidade, o que não é permitido na frente das escolas”, aponta.
Medidas

Eliana defende que um redutor de velocidade, como uma travessia elevada, seria a melhor forma de se evitar acidentes no local. Segundo ela, o próprio Iratran já mandou notificação para a Secretaria de Obras relatando a urgência da instalação de uma travessia elevada em frente à escola. “Essa travessia já está aprovada pela Comissão Municipal de Trânsito”, afirma. A diretora do Iratran comenta que além das escolas, os moradores da rua também vêm pedindo soluções para o excesso de velocidade praticado pelos motoristas naquela via.

 

Texto e fotos: Guilherme Capello