A produção nacional de trigo deve atingir 5,56 milhões de toneladas na safra 2013/14, o que representa um incremento de 26,9% em relação à safra passada. Do total produzido, 47,2% serão colhidos no Paraná, 44,2% no Rio Grande do Sul e o restante nos demais Estados
produtores. Os dados fazem parte do levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado no dia 06 de junho. A área total a ser cultivada no País é de 2,7 milhões de hectares, 9,4% acima da anterior. A recuperação de área tem relação com a melhoria dos preços na safra anterior, em virtude da menor produção mundial e brasileira, que repercutiu favoravelmente entre os produtores.
De acordo com informações do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura (Seab), nesta safra, o Paraná deve produzir 2,6 milhões de toneladas de trigo ou 23,8% a mais que na safra anterior quando o Estado foi responsável por 2,1 milhões de toneladas. A área plantada de 897 mil hectares também é superior aos 782 mil hectares do ano anterior.
Segundo o analista do setor de trigo do Deral, Carlos Augusto Godinho, os produtores investiram em uma área plantada maior em função do aumento do preço do produto. Em maio, o preço médio recebido pelo produtor pela saca de 60 quilos era de R$ 38,39, valor 50% maior que no mesmo mês de 2012, quando a saca estava em R$ 25,65. Entre os fatores que contribuíram para a elevação do preço do trigo no País ele citou as quebras nas safras norte-americana, no leste europeu – além da Argentina que também plantou a menor área de todos os tempos no ano passado. Godinho destacou que o resultado da produção do Paraná deve se consolidar dentro das previsões caso não ocorram mais problemas climáticos como geadas e excesso de chuvas.
Segundo ele, hoje o Brasil tem uma demanda por 12,9 milhões de toneladas de trigo por ano e produz apenas 5,5 milhões de toneladas, ou seja, menos da metade. O principal país que exporta para suprir o consumo brasileiro é a Argentina.
O analista acredita que os preços da farinha de trigo devem subir para o consumidor final, assim como, o preço do pão, mas não na mesma proporção de aumento de 50% que foi verificada no valor pago ao produtor.
Neste ano, o Paraná já está com 60% da área de trigo plantada e 3,5% da produção está vendida no mercado futuro. A colheita inicia em meados de agosto.
Produção no mundo
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) alertou na última quinta-feira (11) que, apesar da estimativa de que a produção mundial de cereais atingirá recorde histórico em 2013, 34 países, inclusive a Síria, vivem em situação de insegurança alimentar e precisam de ajuda externa – 27 estão na África. A previsão é que a produção mundial aumente 7% em 2013 em comparação a 2012. O cálculo é que a produção mundial de trigo aumente 6,8%, recuperando a queda registrada no ano passado. A produção mundial de arroz deve aumentar 1,9% ao longo do ano.
Países como a Síria, em crise há 28 meses, registra insegurança alimentar e necessidade
de apoio externo. Na Síria, houve queda na produção de trigo, pois as atividades agrícolas foram interrompidas. A produção de carne também foi afetada. O cálculo é que cerca de 4 milhões de pessoas estejam em situação grave de insegurança alimentar.
O Egito, que enfrenta uma série de protestos violentos desde 2012, também é motivo de preocupação, segundo a FAO. As atenções estão voltadas ainda para a República Centro-Africana, o Congo, a Somália, o Sudão e o Sudão do Sul que sofrem com a baixa produção agrícola, agravada pela situação de crise que gera aumento na insegurança alimentar.
De acordo com informações do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura (Seab), nesta safra, o Paraná deve produzir 2,6 milhões de toneladas de trigo ou 23,8% a mais que na safra anterior quando o Estado foi responsável por 2,1 milhões de toneladas. A área plantada de 897 mil hectares também é superior aos 782 mil hectares do ano anterior.
Segundo o analista do setor de trigo do Deral, Carlos Augusto Godinho, os produtores investiram em uma área plantada maior em função do aumento do preço do produto. Em maio, o preço médio recebido pelo produtor pela saca de 60 quilos era de R$ 38,39, valor 50% maior que no mesmo mês de 2012, quando a saca estava em R$ 25,65. Entre os fatores que contribuíram para a elevação do preço do trigo no País ele citou as quebras nas safras norte-americana, no leste europeu – além da Argentina que também plantou a menor área de todos os tempos no ano passado. Godinho destacou que o resultado da produção do Paraná deve se consolidar dentro das previsões caso não ocorram mais problemas climáticos como geadas e excesso de chuvas.
Segundo ele, hoje o Brasil tem uma demanda por 12,9 milhões de toneladas de trigo por ano e produz apenas 5,5 milhões de toneladas, ou seja, menos da metade. O principal país que exporta para suprir o consumo brasileiro é a Argentina.
O analista acredita que os preços da farinha de trigo devem subir para o consumidor final, assim como, o preço do pão, mas não na mesma proporção de aumento de 50% que foi verificada no valor pago ao produtor.
Neste ano, o Paraná já está com 60% da área de trigo plantada e 3,5% da produção está vendida no mercado futuro. A colheita inicia em meados de agosto.
Produção no mundo
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) alertou na última quinta-feira (11) que, apesar da estimativa de que a produção mundial de cereais atingirá recorde histórico em 2013, 34 países, inclusive a Síria, vivem em situação de insegurança alimentar e precisam de ajuda externa – 27 estão na África. A previsão é que a produção mundial aumente 7% em 2013 em comparação a 2012. O cálculo é que a produção mundial de trigo aumente 6,8%, recuperando a queda registrada no ano passado. A produção mundial de arroz deve aumentar 1,9% ao longo do ano.
Países como a Síria, em crise há 28 meses, registra insegurança alimentar e necessidade
de apoio externo. Na Síria, houve queda na produção de trigo, pois as atividades agrícolas foram interrompidas. A produção de carne também foi afetada. O cálculo é que cerca de 4 milhões de pessoas estejam em situação grave de insegurança alimentar.
O Egito, que enfrenta uma série de protestos violentos desde 2012, também é motivo de preocupação, segundo a FAO. As atenções estão voltadas ainda para a República Centro-Africana, o Congo, a Somália, o Sudão e o Sudão do Sul que sofrem com a baixa produção agrícola, agravada pela situação de crise que gera aumento na insegurança alimentar.
Texto: Lucas Waricoda, com informações de agências