Prefeito de Rebouças citou grandes nomes da história em seu discurso
[caption id="attachment_23344" align="alignleft" width="420" caption="Claudemir preparou um discurso baseado em grandes filósofos"]
Rebouças - O prefeito eleito mais jovem da região tomou posse de seu cargo no último dia de 2012. Claudemir dos Santos Herthel (PSDB), de 32 anos, seu vice, Antonio Oliveira Padilha (PMDB), e os nove vereadores eleitos de Rebouças participaram da solenidade de posse que aconteceu na Câmara Municipal do município.
Luiz Everaldo Zak (PT), ex-prefeito e concorrente de Claudemir no pleito de outubro do ano passado, iniciou a cerimônia com um discurso emocionado. Ele comentou que uma frase muito marcante para si é a que diz: "Tendo amado os seus, amou-os até o fim". "Assim governei Rebouças nos mandatos anteriores e neste. Hoje faço entrega realmente com amor a Rebouças, com amor ao nosso povo", afirmou.
O ex-prefeito pronunciou que tinha a satisfação de entregar um município melhor que construíra em seus três mandatos como chefe do executivo reboucense. Segundo Zak, durante esse período a arrecadação de ICMS de Rebouças havia crescido mais que a média do estado. Além disso, "fiz asfalto, esgoto, casas para a população, melhorei a parte urbana da nossa cidade e interior do município, proporcionei estradas de boa qualidade, bastante acesso a propriedades, máquinas, equipamentos e frota de veículos", garante o ex-prefeito, dizendo que foi um prefeito comprometido em ajudar o povo.
Ele também citou a boa condição financeira na qual entrega a prefeitura a Claudemir. "Estou deixando R$ 1,9 milhões em caixa na prefeitura. Recursos para a continuidade nas obras que precisam ser concluídas", explicou.
Em resposta, Claudemir parabenizou e agradeceu a Zak pelos valores deixados à Prefeitura Municipal e por fechar as contas da mesma. Em seguida, o prefeito agradeceu a Deus pela saúde, serenidade e determinação para que pudesse chegar àquele momento. Agradeceu também aos eleitores que lhe deram a oportunidade de ocupar as atividades da chefia do executivo pela primeira vez.
Claudemir citou o cientista inglês Isaac Newton que dizia que "se cheguei até aqui, foi porque me apoiei no ombro de gigantes". Ele dizia sentir-se extremamente honrado com o carinho e credibilidade com que cada um dos 7000 eleitores o tratou.
Talvez, Rebouças tenha apresentado a campanha política mais quente e cheia de acusações da região. Ainda assim, Claudemir afirmou que a campanha foi fundada no respeito, na lealdade, dentro de princípios éticos e morais. "As divergências de opiniões são saudáveis. É muito bom existir as divergências para que haja a construção do bem comum", apontou.
Ainda na questão política, o prefeito disse ter certeza de que todos aqueles que um dia foram seus adversários, independente de partidos, ideologias ou cores partidárias vão trabalhar sempre pelo interesse da sociedade, na busca do desenvolvimento econômico, da saúde popular, de uma melhor educação, enfim da melhoria da qualidade de vida do povo reboucense.
Aos vereadores eleitos (maioria de oposição), Claudemir pediu que mantenham um relacionamento de igualdade, pois, segundo ele, os poderes são iguais . "Somos poderes independentes, mas estamos sempre na mesma altura. Sempre foi trazido na historia de Rebouças igualdade, independência e tranquilidade para que possamos trazer o anseio de que este povo precisa", afirmou.
Outra vez, o prefeito citou uma frase celebre. "O homem é do tamanho do seu sonho", disse, parafraseando Fernando Pessoa. "E nós sonhamos muito grande. Tenho certeza que farei o que for possível para que este município siga sempre em frente", garantiu Claudemir.
[caption id="attachment_23345" align="alignright" width="420" caption="Prefeito, vice e vereadores tomaram posse em Rebouças"]
O prefeito empossado também dirigiu a palavra aos funcionários da prefeitura. Disse que todo trabalho feito até então não seria possível se não fosse a colaboração e o zelo de cada um deles. "Vocês são pessoas sérias e competentes, comprometidas com o trabalho e que honram as suas funções, embora muitas vezes não sejam reconhecidas pelos governantes. Tenho certeza que vocês encontrarão neste mandato apoio para o que precisam", garantiu.
Ele ainda agradeceu ao seu vice, Padilha. Comentou que se fosse possível descrever toda sua vida e trajetória política aquela cerimônia seria interminável e disse que Padilha é um ícone da vida política reboucense. "Você é um dos filhos mais queridos de Rebouças, porque Rebouças gosta de você e ela continua te abraçando. Muito obrigado, seu Padilha, esta caminhada não seria a mesma se não fosse a sua pessoa", congratulou Claudemir.
Após comentar sobre as pessoas que o cercam, Claudemir permitiu-se falar também de si mesmo. Adjetivou-se como uma pessoa simples que jamais se embriagara com o pensamento da prepotência de ignorar os mais humildes.
Ele considerou a educação como um de seus principais pontos de sua administração. Para exemplificar, citou Pitágoras. "Eduquemos nossas crianças de hoje, que não será preciso castigar o homem de amanhã". Claudemir afirmou que assim que será pautada a busca da educação reboucense. Ele comentou que tais ideias são herenças de seus pais que diziam que a busca do conhecimento é o caminho que leva o homem a realização de seus sonhos e ideais. "Esse será um dos legados que este humilde filho de Rebouças quer deixar de presente às futuras gerações", afirmou.
Para se despedir, contou uma historia que disse já ter contado para muitas pessoas. "Piaget, no seu pensamento, um dia disse que existia um professor. Este professor era muito inteligente e às vezes até adivinhava o que as pessoas diziam. Um dia, se deparou com um aluno muito inteligente e que queria se igualar ao professor e este menino pensou: 'Hoje eu vou derrubar este professor'. O professor, muito compadecido atrás da sua mesa de ensino, e o menino pensou pegou um lápis e colocou as mãos para traz e perguntou ao professor o que eu tinha atrás das mãos. O professor debruçou um pouco seus óculos e respondeu: 'meu eu filho, é um lápis'. O menino pensou: 'Mas que danado, como é que ele consegue? Amanhã eu pego ele'. No outro dia, fez a mesma coisa, só que ao invés de ser um lápis ele pegou uma borracha e outra vez o professor acertou. O menino ficou indignado e no outro dia conseguiu pegar um passarinho vivo e pensou: 'Amanhã eu levo o passarinho. Se ele falar que é um passarinho eu pergunto se está vivo ou morto. Se ele falar que está vivo eu esmago o passarinho, se ele falar que está morto eu abro a mão e digo que está vivo'. Dito e feito, pegou o passarinho e ficou na frente da mesa do professor e com as mãos pra trás perguntou o que tinha nas mãos. O professor com a mesma mansidão respondeu que era um passarinho. Então o menino perguntara se estava vivo ou morto e o professor respondeu: 'Se está vivo ou morto eu não sei, eu sei que o destino deste passarinho está em suas mãos'. E assim eu digo a vocês, reboucenses, o destino de Rebouças está não só nas minhas, mas em nossas mãos", finalizou.
Texto: Guilherme Capello, da Redação. Com colaboração de Zilma Schindler e fotos de Sandra Mosson, da Redação
Publicado na edição 652, 04 de janeiro de 2013.