Morador de Teixeira Soares decide construir uma praça em memória à participação brasileira na 2ª Guerra

Filho de um militar polonês que lutou na 1ª Guerra Mundial, expedicionário da 2ª Guerra Mundial, Leão Marchinski diz ter investido quase R$ 100 mil na obra




[caption id="attachment_23927" align="aligncenter" width="420" caption="A praça tem como nome Expedicionário Leão Marchinski"][/caption]

Teixeira Soares - Bem cuidada, florida e nova, a Praça do Expedicionário chama a atenção de quem passa pelo Município de Teixeira Soares. Ao questionarmos sobre a obra que embeleza a cidade, a curiosidade só aumentou, pois não se trata de uma iniciativa do Poder Público, em benefício do bem estar da população e sim de uma ação individual. Membro de uma família de militares, expedicionário durante a 2ª Guerra Mundial, Leão Marchinski, de 93 anos, decidiu comprar um terreno na área central da cidade e construir a praça.
O objetivo? Fazer com que as novas gerações tenham referências sobre a atuação do Brasil na 2ª Guerra. "Quase ninguém faz esta lembrança, os menores de idade que vem vindo tem que ter um marco para contar que teve a 2ª Guerra, que o brasileiro foi herói, pois ajudamos a finalizar a Guerra", defende Marchinski. O expedicionário conta que serviu o exército durante três anos, tem quatro irmãos (já falecidos) que também fizeram parte da corporação e é filho de oficial da marinha polonesa, que lutou na 1ª Guerra, Julio Machjhinski - sobrenome que, segundo ele, virou Marchinski no pronunciamento do brasileiro.
"Posso dizer que sou descendente da história do exército", enfatiza Marchinski. Ele fala que seu pai era rigoroso, que dava grande importância ao cumprimento da lei e que mandou os filhos para o exército para que tivessem a mesma linha de pensamento.
Vivendo em meio às referências do militarismo, Marchinski acredita tanto na importância de transmitir às demais pessoas a história envolvendo as guerras, que investiu recursos próprios na construção da Praça do Expedicionário, que terá o seu nome.
"Está quase em R$ 100 mil o que gastei para fazer a praça", comentou Marchinski. Ele disse que precisou investir em terraplanagem do terreno, compra de piso e demais materiais, mão-de-obra para execução dos serviços e confecção da estátua do expedicionário. As flores, ele mesmo diz ter plantado e, para concluir a praça, afirma que ainda fará um histórico da participação dos expedicionários brasileiros na 2ª Guerra Mundial.



Texto e fotos: Letícia Torres, da Redação


Publicado na edição 655, 23 de janeiro de 2013.