Coleta de lixo da Santa Casa passa por fase de atualização

[caption id="attachment_23958" align="alignright" width="300" caption="Todos os funcionários estão sendo orientados a separar o lixo imediatamente"][/caption]

Irati - A coleta interna da instituição é realizada pelo profissional de higiene hospitalar e inicia-se no local onde é gerado o lixo, onde estão instaladas lixeiras para infectantes, químico, vidros, papel e resíduos comuns, todas separadas, e até três vezes ao dia o responsável pela coleta, devidamente paramentado com luvas, máscara, avental e bota faz o recolhimento que é identificado e organizado pelas cores dos sacos em que está armazenado.
Segundo Vanessa Pankoski, enfermeira responsável pela Comissão de Controle de Infecções Hospitalares, este lixo é condicionado num local com base de material liso, lavável e resistente para evitar rachaduras que podem vir a contaminar o ambiente. Depois da coleta interna, o material é abrigado na Casa do Lixo, que é um ambiente que fica na parte externa da instituição, onde aguarda pelo período aproximado de uma semana, quando a coleta externa passa para buscar. O resíduo comum é coletado pela Prefeitura de Irati, enquanto que o infectante, perfuro-cortante e químico, é de responsabilidade de uma empresa terceirizada da cidade de Dois Vizinhos, que foi a mais próxima encontrada para coletar uma vez por semana.
Vanessa comentou que os materiais infectantes ficam armazenados dentro de recipientes lacrados, e não apenas no saco de lixo, dificultando ainda mais o acesso de insetos ou de pessoas que possam ter contato. No caso dos perfuro-cortantes, como agulhas que colocam em risco a contaminação de doenças ou acidentes, são embalados já no posto de enfermagem dentro de uma caixa própria, com limite de volume, sendo depois lacrada para dar mais segurança aos manipuladores do material. A empresa terceirizada que coleta o lixo hospitalar, dá diversos destinos para cada tipo de material, sendo às vezes auto clavado, incinerado, ou armazenado em valas recebendo banho de produtos químicos para a descontaminação do mesmo.




[caption id="attachment_23959" align="alignleft" width="300" caption="É necessário separar o lixo comum daquele que é infectante ou cortante"][/caption]

A atração de ratos e insetos é a maior preocupação da equipe da Santa Casa, já que os insetos são os principais veiculadores de micro-organismos. "Se fizermos uma analise biológica nas patinhas de uma formiga acharemos milhões de bactérias" - explicou Vanessa, contando que se este animal andar sobre o lixo, poderá adentrar o hospital e levar para o mobiliário estes micro-organismos, onde o paciente pode tocar com as mãos e tornar-se uma cadeia de transmissão de doenças.
Cristiana Maria Schvaidak, responsável pelo Programa de Resíduos, contou que a Santa Casa está passando por uma reestruturação e modernização deste trabalho de coleta do lixo. Um programa de reciclagem interno está sendo implantado pelo fato de que a instituição não produz apenas lixo hospitalar, mas também o reciclável comum. Um trabalho de treinamento é realizado com todos os novos funcionários, e até mesmo com os mais antigos para que iniciem a separação no momento em que gera o lixo, em embalagens corretas, para não correr o risco de misturar o que é infectante do que é comum, e também apara evitar acidentes de trabalho como perfuração com agulhas.
O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Serviços de Saúde (PGRSS) está sendo atualizado por Vanessa e Cristiana. Este programa deve ser elaborado por um profissional de nível superior da instituição e deve conter todo o diagnóstico do lixo gerado, sendo avaliada a quantidade que é gerada em cada setor, cada lixeira, sendo contabilizado o lixo diário, mensal e anual. Depois dessa análise é realizado um plano de ação de como deve ser armazenado e transportado.
Por serem obrigatórios para todos os serviços de saúde como hospitais, consultórios odontológicos e clínicas, o plano é trabalhado anualmente e enviado para a Vigilância Sanitária Municipal e IAP, para que seja avaliado o destino e a quantidade de lixo produzida por cada estabelecimento. Segundo Cristiana, não se pode apenas entregar o lixo para a empresa terceirizada sem saber o destino que está sendo dado ao mesmo, porque é responsabilidade de todos. Se a instituição não fizer este programa, pode ter sérias consequências, pois uma das exigências para o funcionamento delas é ter este plano atualizado. Avaliando a diferença do plano do ano passado, Cristiana conta que aumentou o volume de lixo produzido, pelo aumento das complexidades e atendimentos realizados pela Santa Casa, porém, já estava dentro da expectativa e o aumento ocorreu de forma controlada.
Finalizando a entrevista, Cristiana sugeriu para que todo cidadão recicle o seu lixo no mesmo momento em que produz, preservando desta forma o planeta e ao mesmo tempo conservando a saúde da família toda, já que as coletas residenciais não são feitas diariamente e o lixo acumulado gera a visita de insetos que são transmissores de doenças.



Texto e fotos: Ascom Santa Casa


Publicado na edição 655, 23 de janeiro de 2013.