A bandeira Irati

Começou o período eleitoral de 2010. A busca atrás dos votos já começou.
Muitos candidatos vão pousar por aqui. Com avião particular, carros ou pára-quedas. É direito dos pretendentes pedirem o voto em qualquer lugar, conforme o cargo que almejem. Porém, vamos nos unir e cobrar o pedágio dessa solicitação, com o preço justo que nossa cidade merece.
Muitas verbas que vieram e vêm já são carimbadas. Ainda assim, temos que agradecer aos políticos que o fizeram. Contudo, é muito aquém do que merecemos.
O iratiense deve analisar bem em quem votar. Não esquecer os escândalos federais e estaduais, recentemente ocorridos. Não deve ser complacente, fazendo de conta que não aconteceu nada.
Os problemas do país não são as pessoas, mas sim o sistema, os costumes. Os candidatos não se comprometem com quem lhe dá o voto, mas sim com os grupos que o financiam, trazendo um prejuízo para a sociedade. Há uma desconexão dos poderes com as aspirações da sociedade civil. Muito disso é culpa da própria sociedade que não participa, ela deve estar atenta para que se melhore a nossa representação política.
Um grupo econômico, muitas vezes acende uma vela para o santo e outra para o diabo, ou seja, fornecem recursos, instalações, benesses para coligações adversárias.  Com que intuito? Lógico que ganhe quem ganhar, esse grupo quer estar respaldado em possíveis deslizes do passado, do presente e do futuro. Isso é uma prática nefasta à coletividade, por parte de muitos empresários. O povo teria que distinguir esses grupos e, mostrar seu descontentamento não prestigiando seus negócios.
Mas, Irati deve erguer a cancela para os candidatos que icem a bandeira que necessitamos. Muitas são nossas demandas reprimidas. Por exemplo, a tão falada e, desgastada, pavimentação de nossa cidade a São Mateus do Sul. A instalação de uma clínica de oncologia para minimizarmos os pacientes dessa terrível doença?
Precisamos ter uma visão estratégica e, exigir obras estruturais como uma rodovia que ligue a BR-277 até o Riozinho, desviando a conturbada passagem pela Vila São João. Porque não gestionar junta à poderosa ALL (América Latina Logística) o consórcio dos trilhos da RFFSA, que são do povo, para um transporte dos alunos da Unicentro em horários que não conflitem com os comboios dessa empresa.
Devemos bater o pé, para não deixar desviar o ramal da Ferroeste para a cidade de Ipiranga. Exigir compromisso dos candidatos, se eleitos forem, para abrir a discussão dos contratos das concessionárias das rodovias pedagiadas e, manter negociações, de pelo menos que se façam as terceiras pistas no trecho Relógio – Spréa.
São demandas possíveis que nossos líderes devem negociar em todas as esferas, com candidatos ao governo, senadores, deputados estaduais e federais.  Na véspera de eleição, tudo é perfeito e, os políticos investem pesado em marketing eleitoral, passando a imagem de pessoa de boa índole. Não deixemos que transformem nossa cidade em currais eleitorais. Não sejamos covardes nas urnas e, façamos valer nosso poder de escolha na busca de uma Irati melhor.
Dagoberto Waydzik – Engenheiro Civil
Publicado na edição 528, em 21 de julho de 2010