Raiva silvestre é detectada em morcego em Irati

A 4ª  Regional de Saúde detectou um caso de raiva silvestre em Irati, no último dia 31 de março. Um morcego infectado com a doença foi capturado por profissionais do setor de  Vigilância Sanitária da 4a Regional na área urbana do município. O animal foi encontrado após o comunicado de um morador e foram feitos estudos para comprovar a raiva. “O morcego já demonstrava os sinais da doença, então foi recolhido em segurança pela equipe e, já morto, foi levado para análise”, conta Gilberto de Quadros, médico veterinário da Vigilância Sanitária.

Ilustrativo
Esse é o primeiro caso no Centro Sul, mas ano passado a raiva rondou a região. No final de 2014, um morcego com raiva foi encontrado na zona rural de Fernandes Pinheiro, mas, diferente do caso iratiense, esse demorou mais que 15 dias para ser confirmado pelo laboratório. Além de Fernandes Pinheiro, outras cidades como Guarapuava, Teixeira Soares e Ponta Grossa tiveram casos recentes de raiva silvestre.

Sinais da doença

Os sinais de contaminação de animais por raiva são diversos e podem ser observados por qualquer pessoa. “O animal começa a agir de modo estranho, ficando mais lento, até paralisado, o morcego, por exemplo, cai no chão e fica se arrastando, nada disso é normal e podem ser indícios que aquele bicho está com raiva”, explica o médico veterinário Gilberto de Quadros. 

Ele também pontua que em bovinos, outro sintoma da raiva é a mudança no mugido dos animais. Vale ressaltar que esse tipo de raiva manifestada nesses casos é a raiva silvestre. A raiva ‘clássica’ que atingia cachorros que ficavam com a boca espumando foi erradicada.

Precauções

A doença da raiva foi uma grande preocupação da saúde pública durante o século passado, nos últimos tempos, graças a programas de prevenções e vacinas, o número de casos da doença caiu bastante, mesmo assim, ainda surgem alguns focos da doença.

Segundo dados da Vigilância Nacional de Saúde, houve apenas cinco casos de contaminação humana por raiva no Brasil no último ano. Mesmo com o baixo número, Gilberto de Quadros explica que ainda é importante a prevenção. “A pessoa nunca deve entrar em contato direto com o animal que apresenta indícios da doença, o correto é comunicar a Secretária da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) para eles fazerem o recolhimento”, ressalta. Caso o contato com o animal tenha ocorrido, é necessário que a pessoa procure a Secretaria de Saúde do município para tomar a vacina preventiva.

Raphael Gierez