Guarda Municipal esclarece aplicação de multas referentes ao "Estar"

A equipe do Hoje Centro Sul recebeu reclamações a respeito da Guarda Municipal de Irati.  A denúncia foi de que a mesma estaria cometendo abuso na aplicação de multas aos motoristas da cidade. As reclamações envolvem o Estar e o uso de aparelhos celulares durante a condução de veículos.

@PMI
Segundo Adailton*, os guardas-municipais não tem nenhuma tolerância. “Às vezes, você não passa nem três minutos fora do carro e por isso não coloca o Estar, e o guarda já te multa. Esses dias meu celular tocou e eu peguei, mas não atendi, o guarda viu e eu fui multado”.

O subcomandante da Guarda Municipal, Sergio Santana, explica que há uma tolerância de dez minutos do tempo em que o motorista estacionou para a cobrança do Estar. “O problema é que nós não temos como controlar o tempo de cada carro, o motorista pode ter saído há pouco tempo, mas se o guarda passar logo em seguida, não há como saber disso”.

Sergio ainda orienta que, caso o motorista utilize a vaga por menos de 10 minutos, deve procurar um dos agentes e alertá-lo, assim ele pode controlar o tempo e a multa não será aplicada. “Nós somos muito tolerantes, às vezes os agentes tentam preencher a multa o mais devagar possível, na esperança de que o motorista apareça”, afirma.

A Guarda Municipal também já registrou casos de alguns motoristas que tentam burlar o sistema de Estar. “Já houve casos de utilização do mesmo cartão de Estar preenchido várias vezes com lápis e o agente só verificou, porque o número do cartão era sempre o mesmo”, diz Sergio.

Sobre o uso do celular, o subcomandante explica que as multas são aplicadas não para arrecadação de dinheiro, até porque a maior parte vai para o governo do Estado e muito pouco é revertido para o município. O principal objetivo, de acordo com Sergio Santana, é a conscientização, pois o uso do telefone ao conduzir o veículo aumenta em 400% a chance de ocorrência de acidentes.

*O leitor que fez a reclamação preferiu ter sua identidade preservada

Ana Paula Schreider/Hoje Centro Sul