Projeto ‘Fala Aê’ tem sua estreia

Cada uma das situações de fragilidade enfrentadas pelos cidadãos deve receber um tipo de atenção diferenciada, a inserção dos jovens na sociedade é um dos grandes desafios encontrados atualmente. Considerando que os adolescentes brasileiros vivenciam em seu cotidiano situações de risco e vulnerabilidade social, consequentemente privações de direitos, em Irati diversos serviços são ofertados para auxiliar estes jovens, entre esses está o projeto “FALA AÊ!: Um espaço de protagonismo, mobilização social e organização comunitária”, que é desenvolvido pela Secretaria de Assistência Social, através do CRAS (Centro de Referência da Assistência Social).



O Projeto tem como meta mobilizar a participação e o protagonismo social, expandindo o conhecimento local, proporcionando espaço de contato e discussão de políticas públicas. Na noite de quarta-feira, 25, o grupo fez sua estreia, em um programa de aproximadamente 15 minutos, onde os jovens da comunidade apresentaram o programa com o tema de gravidez. Após o lançamento e a coleta de assinaturas dos pais dos integrantes, autorizando a exibição do uso da imagem destes jovens, a intenção é realizar o “Fala Aê” trimestralmente, tratando cada programa com um tema específico. As próximas temáticas a serem trabalhadas serão a história do município de Irati e outra apresentação falará sobre música.  
Os integrantes, que são coordenados pela equipe do CRAS – Lagoa, através do Grupo de Convivência de Fortalecimento de Vínculo para Adolescentes, apresentam uma faixa etária de 14 a 18 anos, participando cerca de 20 jovens da comunidade. A secretária de Assistência Social, Karen Quoss Seidel, fala sobre a importância de projetos como esse ao município. “A adolescência está vinculada a um momento de socialização e construção da identidade, rico em possibilidades de descobertas, mudanças, experimentação de papéis, novas experiências, condutas e situações sociais, por isso o poder público tem como obrigação complementar as ações da família na proteção e desenvolvimento desses adolescentes, assegurando espaços para contribuição do seu desenvolvimento”, diz.


Ela ainda ressalta que a Secretaria de Assistência Social pretende realizar novos projetos em prol dos adolescentes. “A proposta da Secretaria é trabalhar projetos semelhantes em outras comunidades do município, colocando o jovem em movimento, possibilitando a ampliação do universo informacional, artístico e cultural, bem como estimulando o desenvolvimento de potencialidades, habilidades, talentos e propiciando sua formação cidadã”, afirma Karen.                                                                                                                                                                                                                                             
Grupo de Convivência de Fortalecimento de Vínculo para Adolescentes
Antes mesmo da produção do programa de TV, os jovens, coordenados pela equipe do CRAS – Lagoa, já realizaram outras formas de expressar seu conhecimento. Em fevereiro de 2012, o grupo iniciou a produção de um jornal impresso, que teve sua primeira edição em novembro de 2012. Contudo, apesar dos esforços desempenhados pela equipe e também pelos adolescentes participantes, observou-se que o jornal escrito não estava atingindo os objetivos propostos. Em virtude deste fato, houve uma reunião onde foram discutidas alternativas para melhorar o acesso das pessoas ao material produzido. Desta forma, chegou-se à conclusão de que o jornal deveria deixar de ser impresso, passando a ser filmado, no formato de um programa de TV, com o nome “FALA AÊ!”, sendo que os encontros e a forma de produção continuariam as mesmas, porém o conteúdo será filmado e voltado prioritariamente para o público jovem.

A coordenadora da Proteção Social Básica do CRAS, Rafaela Maria Ferencz, conta quais são os objetivos que o programa pretende atingir. “Desta forma, o objetivo deste trabalho é produzir material que pode, por sua vez, influir sobre o contexto ou, ao menos, contribuir para esclarecê-lo, possibilitando aos jovens que tiverem acesso compreenderem suas necessidades e encontrarem meios para viabilizá-las. Além disso, permite uma redefinição de relações que colocam como essencial o desenvolvimento de uma cidadania participativa que excede a garantia de acesso a direitos”, conclui Rafaela.


Texto e fotos: Assessoria PMI