Inadimplência diminui na região Centro Sul do Paraná

Enquanto houve  queda no número de endividados na região, a inadimplência cresceu 3,5% no Paraná

A inadimplência no Paraná cresceu 3,5% no início de 2015. No Brasil, o aumento da inadimplência tem números são similares.  Ao contrário do observado na maioria do país, o município de Irati, na região Centro Sul do Paraná, registrou queda de 0,72% no número de pessoas inadimplentes.

Ciro Ivatiuk/Hoje Centro Sul
Para o presidente da Associação Comercial de Irati (Aciai), Marcielo Isidoro Mazzochin, a diminuição se deve, principalmente, a uma maior cautela por parte dos lojistas. “O lojista está cada vez mais cauteloso ao conceder o crédito e mais exigente nas informações passadas pelo cliente. Em Irati, houve um aumento de 5,64% nas consultas ao SPC, comparando 2014 com 2013”, completa.
Marcielo ainda destaca que manter o nome limpo é essencial para um bom desenvolvimento econômico, tanto pessoal quanto comercial. “Levando em consideração a realidade que vivemos hoje, onde, para se adquirir produtos, serviços, imóveis ou firmar qualquer transação financeira precisamos ter uma boa conduta como consumidores e ótimas referências pessoais.

A Aciai aconselha aos consumidores que possuem problemas de crédito, que procurem as partes interessadas pelo acerto ou negociação dos mesmos, chegando num comum acordo, para que possam novamente voltar a consumir com tranquilidade e contribuir com o aquecimento e crescimento econômico de nosso município”, ressalta.

Consulta ao SPC e Serasa


A Associação Comercial e Empresarial de Irati (Aciai) também oferece o serviço de consulta ao SPC e Serasa aos moradores e comerciantes de Irati e região. A consulta ao SPC é gratuita. Já ao Serasa, o cliente deve pagar uma taxa de R$10. 
O presidente da Aciai, Marcielo Isidoro Mazzochin, ressalta que o serviço funciona 24h e está se tornando uma ferramenta essencial para a diminuição de novos endividados. “A entidade possui os serviços de consulta e inclusão ao SPC e Serasa, ficando 100% online e 24h à disposição do associado. Esse serviço é muito procurado e está se tornando cada vez mais útil e indispensável para o comércio em geral”, explica.

Negociação de dívidas com o banco

A melhor saída para evitar uma dívida junto a uma instituição bancária, por exemplo,  é conversar com a gerência da agência. Agentes bancários* de Irati explicam que na primeira semana de atraso, o banco já entra em contato com o cliente para saber o motivo do não-pagamento. “Quando o atraso acontece, a instituição entra em contato com o cliente. Não no intuito de cobrar, mas para saber o que motivou o atraso. Em algumas vezes, é apenas esquecimento. Em outras, procuramos conversar e, caso a pessoa esteja com dificuldades financeiras, tentamos renegociar o valor. A intenção é sempre receber e tentar negociar com o cliente antes de colocar o nome no Serasa”, destaca um agente bancário de instituição privada em Irati.

Ele ainda orienta que caso o cliente esteja passando por problemas financeiros, tente avisar o banco antes da conta atrasar. “O bom é sempre tentar resolver antes. As pessoas podem se antecipar e renegociar a parcela sem o acréscimo de juros. Isso é possível, porém, muitas pessoas não sabem. Nesse momento, não se pode ter vergonha de procurar a agência bancária e explicar o que está acontecendo”, afirma.

Segundo os agentes bancários, há várias possibilidades para tentar evitar que o nome caia em algum serviço de proteção ao crédito. Dentre elas, existe até a portabilidade de crédito, porém, ela precisa seguir algumas exigências para ser concedida. “Essa modalidade é concedida em casos como, por exemplo, financiamento de veículos, imóveis e crédito consignado, onde o cliente não consiga mais assumir as parcelas ou quando fechou o acordo com o banco e encontrou outra proposta de juro melhor. Porém, ela não é facilmente concedida. Primeiro, o banco para o qual você quer transferir o financiamento deve aceitar o cliente. Em muitas vezes, as propostas não são vantajosas ou interessantes para o novo banco, até porque, o novo banco precisa pagar uma tarifa para o banco anterior, para pode assumir o financiamento. Depois, os juros, impreterivelmente, têm de ser menores do que o do banco anterior e o financiamento precisa estar em dia. Caso contrário, a portabilidade não é concedida”, finaliza.

Kyene Becker/Hoje Centro Sul