Horário de Verão divide opiniões nas ruas

No último dia 19, o horário de verão brasileiro começou a vigorar no país. Essa é a 42ª vez que o horário será adotado no Brasil. A ideia de adiantar o relógio em 1 hora surgiu em 1931, através do decreto do então presidente Getúlio Vargas. A primeira versão do horário durou cerca de seis meses, de 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932.

Nos anos seguintes, o horário de verão foi adotado em 1932, de 1949 a 1952, em 1963 e de 1965 a 1967. Depois disso, a medida foi retomada em 1985, pelo presidente José Sarney. Desde então, é usado ininterruptamente até os dias de hoje. O horário de verão é adotado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal.

A assessoria da Companhia Paranaense de Energia (Copel) explica que o principal objetivo da medida é distribuir de melhor forma a elevação da demanda de consumo no horário de pico, que vai das 18h às 21h. “Diferentemente do que muita gente pensa, a principal finalidade do horário de verão não é reduzir o consumo de eletricidade. A lógica do horário de verão é simples: o adiantamento dos relógios em uma hora cria uma defasagem entre as curvas máximas de demanda de algumas classes de usuários no final do dia, que deixam de se sobrepor oferecendo uma folga operacional às instalações que compõem o sistema elétrico. Por exemplo, a ativação dos sistemas de iluminação pública – cujas lâmpadas são acionadas automaticamente ao escurecer, independentemente da hora do dia – só acontece depois de encerrado o expediente na maior parte dos escritórios e indústrias e de superado o momento de maior demanda nas residências”, afirma.

Segundo a assessoria, a redução da demanda no horário de pico deve chegar a quase 5%. “Conforme estimativas preliminares da Copel com base no histórico de edições anteriores, o horário de verão deverá permitir uma redução da ordem de 4,5% nos níveis máximos de demanda por energia elétrica durante o período crítico do dia. Isso corresponde a dispensar a injeção de 240 megawattts de potência no sistema elétrico estadual durante as horas de maior consumo simultâneo”, completa.



De Kyene Becker