Futebol promove integração social

Diversos espaços públicos e privados são utilizados semanalmente por trabalhadores, estudantes e aposentados para os "encontros do futebol"

Considerado paixão nacional, o futebol é o esporte que mais mobiliza os brasileiros. Exemplo disso foi a realização da Copa do Mundo em terras tupiniquins. Seja na pelada no meio da semana ou nos campeonatos amadores, o futebol deixou de ser apenas um esporte e passou a ser uma forma de integração entre homens de todas as idades.

Arquivo pessoal/Reinaldo Júnior
 As reuniões semanais visam mais do que a prática esportiva e a competição. São um "ritual", um hábito e uma forma de inserção em um grupo social.  Diversos espaços públicos e privados são utilizados por trabalhadores, estudantes e aposentados para os "encontros do futebol".
Os estudantes do curso de Engenharia Florestal da Universidade Estadual do Centro-Oeste,  Unicentro, se reúnem desde 2011, pelo menos uma vez por semana, para jogarem futebol.
Neste ano, os acadêmicos estão organizando a I Forest Cup, campeonato que conta com a participação de quase 50 estudantes.

Guylherme Bettes, acadêmico do curso de Engenharia Florestal da Unicentro e um dos organizadores do campeonato, explica que o campeonato surgiu pela falta de eventos que promovessem a integração dos universitários.

“Há mais ou menos dois meses, o pessoal pediu pra fazermos um campeonato, porque antes, nós sempre disputávamos os Jogos Abertos da Comunidade Universitária (JACUs). O curso de educação física era quem organizava, mas há algum tempo os jogos não acontecem mais. O nosso objetivo não é competir, mas sim ser uma brincadeira para todos”, diz. Os jogos acontecem no Ginásio do Parque Aquático, em Irati.

Ao total, 48 acadêmicos estão participando da competição, sendo 46 do curso de engenharia florestal, um do curso de engenharia ambiental e um do curso de geografia.

Arquivo pessoal/Reinaldo Júnior
Guylherme ressalta que a integração que o campeonato promove é importante para os estudantes. “Isso já virou uma rotina e é algo que todo mundo gosta. É importante essa integração, porque às vezes você não conhece as pessoas da faculdade, mesmo que elas estejam fazendo o mesmo curso. Eu acho que, dessa forma, é mais fácil criar amizades com o restante dos estudantes. Sem contar que é uma atividade física”, afirma. A competição acaba no final de outubro.

O secretário de Esporte e Lazer de Irati, Roni Surek, explica que a cidade possui espaços públicos para a prática do esporte. “Os espaços que nós temos disponibilizados para a comunidade é o Ginásio do Parque Aquático, tem alguns horários no Ginásio Batatão, o Estádio Municipal. Logicamente, precisa de um agendamento. Ele é feito com os nossos funcionários, na Secretaria Municipal de Esporte, toda segunda-feira de manhã. Fora esses espaços, nós também temos canchas de areia e as quadras das praças”.

Além dos espaços públicos, Irati também conta com campos privados. Cristiano Dutra, gerente do República, explica que muitas pessoas frequentam o campo do República Placar. Ele destaca que, em busca de uma melhor integração entre os clientes, o empreendimento aumentou.
“A ideia de montar um bar foi justamente por causa do campo. As pessoas terminavam o futebol, se reuniam e iam pra outro lugar. A ideia era que, após o futebol, eles fizessem um happy hour aqui mesmo”, diz.

Cristiano destaca que a procura por empresas é grande. Segundo o gerente do República, as empresas buscam, através do futebol, promover uma integração entre seus funcionários. “Em empresas grandes, muitas vezes, não há o contato entre os funcionários. A pessoa chega e só conhece por vista, não tem aquele diálogo. Então, quando eles vêm jogar o futebol semanal, eles conversam, jogam e vão beber depois, acabam conhecendo melhor as pessoas com quem trabalham e isso melhora o relacionamento no trabalho”, finaliza.

Kyene Becker/Hoje Centro Sul