Thaís Siqueira/Hoje Centro Sul |
O objetivo do evento foi disseminar a cultura da acessibilidade, trabalhando em conjunto com instituições que se preocupam com o tema, a fim de realizar uma grande discussão em todo o Estado.
Além disso, abordou os principais temas envolvendo acessibilidade, tais como: legislação, normas, calçadas, arborização, novas tecnologias, inclusão no ambiente de trabalho, dentre outros.
Segundo o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná, Gabriel Guy Léger, a acessibilidade é uma preocupação de âmbito nacional.
“No setor da construção civil, a acessibilidade é um dos temas mais importantes a serem discutidos. O assunto é cada vez mais discutido e deve ser tratado com seriedade”, comenta.
A engenheira civil e presidente da Comissão de Acessibilidade do Crea-PR, Célia Neto Pereira da Rosa percorreu a cidade de Irati e comentou o assunto.
“Eu passei rapidamente pela cidade e não tive muito tempo para analisar como está a cidade de Irati, em questões de acessibilidade. Mas, pelo o que eu pude perceber, não muda muita coisa em relação às outras cidades. O que nós precisamos, é de conscientização das pessoas quanto à importância da acessibilidade na sua casa, na sua rua e em toda a sua cidade”, fala.
De acordo com Célia, o tema acessibilidade é atual, tem gerado muita discussão e cada vez mais as pessoas estão se preocupando com isso. “Estou muito contente de ouvir o prefeito Odilon Burgath dizer que está disponível, consciente e pronto para melhorar a acessibilidade da cidade de Irati. É muito importante que o poder público esteja engajado nisso e com isso todos vão ganhar”, diz.
”Nós nos colocamos à disposição de todos os integrantes do CREA-PR, o qual eu parabenizo pela iniciativa do Fórum. Nós sempre nos preocupamos com a acessibilidade. Um exemplo disso é a construção da nova rodoviária, um prêmio importante, o qual a população aguarda ansiosamente o término das obras. Temos muitos desafios pela frente e eu caminharei em busca de melhorias para as pessoas que precisam e mais necessitam”, comenta o prefeito de Irati, Odilon Burgath (PT).
Célia dá sua opinião sobre o que falta nas obras das cidades do Brasil, para facilitar o acesso daquelas pessoas que precisam. “Na verdade, o primeiro passo é conhecer as leis e o segundo é saber o bom senso da mobilidade das pessoas. Normalmente o foco é sempre o cadeirante, porém uma rampa de acesso suavizada, uma entrada de um prédio com um corrimão adequado ou é um local bem sinalizado será bom para todos, tanto para o jovem, quanto para o idoso ou deficiente”, explica.
Hoje as construções na Europa são avaliadas em funções da mobilidade, então nos dias atuais quando alguém pretende vender um imóvel, a primeira característica que eles colocam é a mobilidade, conta Célia.
“Um bom imóvel tem o valor agregado de 30% e isso vai ser o nosso futuro. Quando você for comprar uma casa, você não vai olhar somente o tamanho dos compartimentos e, sim, olhar qual é a acessibilidade que essa casa tem”, finaliza.
Thaís Siqueira/Hoje Centro Sul