O povo simples e alegre da África encanta quem decide conhecer o continente

@Nani Napoli
Viajar é uma das opções de lazer preferidas de muitas pessoas e alguns, como a agropecuarista Nani Napoli, além de buscarem vivenciar momentos agradáveis em outras cidades ou países, tem na aventura a motivação para o turismo. “Sinto grande entusiasmo por aventuras e pouco entusiasmo por conhecer grandes ou famosas cidades europeias, a despeito de sua especial beleza. Também sempre gostei imensamente de fotografar e minha câmera sempre me acompanhou. Encarei o desafio de realizar sozinha o sonho de conhecer o Seringueti, na Tanzânia, e o Parque Nacional Massai Mara, no Quênia”, explica.


Ela afirma conhecer a África foi um sonho realizado e que um dos pontos que mais lhe chamou sua atenção nos países do continente africano foi a simplicidade do povo. “Pude observar dezenas de coisas lindas e encantadoras, como por exemplo, a profunda identificação e empatia que aflorou em mim pelo povo alegre e acolhedor destes dois países, especialmente sua simplicidade, sua educação, seu modo honesto de agir. Emocionou-me grandemente constatar a pureza que faz parte de sua cultura ainda não contaminada pelos novos conceitos”.


@Nani Napoli
Nani também destaca a vida selvagem e as paisagens naturais dos dois países. “Outro ponto que achei muito relevante é a exuberância de vida selvagem aparentemente inesgotável, a biodiversidade natural, compondo-se desde florestas luxuriantes, nos contrafortes do Rift Valey, montanhas nevadas, como o Monte Kilimanjaro, ‘pastagens sem fim’ (‘seringueti’, na lingua suahili), e regiões inteiramente áridas e secas, crateras extintas de vulcões com milhões de anos, sendo Ngorongoro o mais famoso, repleto de vida selvagem espetacular”, diz.

Do contato com  as belas paisagens e diferenças culturais entre o Brasil e a África, restaram muitas fotografias. Nani Napoli escolheu as que julgou serem as mais significativas e montou a exposição ‘Um Olhar Sobre a África’, que está disponível para a visitação do público desde o dia 07, na Casa da Cultura de Irati. “Estando em um lugar tão diferente e deslumbrante, voltei de lá com a firme intenção de expor parte daquilo que meus olhos viram e o meu coração sentiu”, diz Nani. Ela explica que não se considera uma artista e a exposição é uma forma de agradecer ao povo africano. “Eu acho que quanto a ‘vida de artista’, não é bem o meu caso. Esta exposição, na verdade, tornou-se não mais que uma forma de eu retribuir ao encantamento que permanece em mim pela nobre raça negra africana”, finaliza.

A exposição permanece até o dia 29 de agosto, na Casa da Cultura de Irati, que fica localizada na Rua 15 de Julho, 329. O horário de funcionamento é das 8:30h às 11:30h e das 13h às 17h, de segunda à sexta-feira. No sábado, a Casa da Cultura abre das 13h às 16h.

Fotógrafa

Natural de Cascavel, Nani Napoli  foi convidada pela Secretaria Municipal  de Cultura de Irati para expor as imagens que produziu. O curador da Casa da Cultura, Julio César Dias, explica que o espaço é aberto para artistas de todos os lugares. “Qualquer artista que quiser pode vir expor aqui. O que queremos é abrir espaço para as pessoas poderem mostrar seus trabalhos à população”, afirma.

Por Kyene Becker