Muitos
apontam a avó como uma segunda mãe, pois usualmente são responsáveis pelos
cuidados e carinhos, além das próprias mães.
Nesta sexta-feira (26), comemora-se o Dia da
Vovó, e data foi escolhida porque é Dia de Santa Ana, mãe de Maria e avó de
Jesus Cristo.
A escritora Rachel de Queiroz traduziu o que
é ser avó. “Netos são como heranças:
você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do
céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do
amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se
trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o
sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo”.
A vovó Cenira Ortiz Ferreira, 66 anos, é viúva e tem sete netos. Segundo ela, é um
sentimento maravilhoso ter netos e acompanhar o crescimento deles. “Neto é
segundo filho(a). Neto é uma coisa maravilhosa. Neto é preocupação em dobro,
porque a gente se preocupa muito, como se fosse um filho(a). É o neto que
continua a família. Eu tenho sete netos, que são todos educados e que me
respeitam muito, e eu amo todos eles. Eu sou uma avó bastante presente, educo,
oriento, puxo a orelha, além, é claro, de muitos beijos, abraços e alguns
agrados”, diz.
Cenira reside com sua mãe Tereza Ortiz
Ferreira e cuida sozinha dela. Dona Tereza completou recentemente 99 anos, é
viúva, tem 12 filhos e 62 netos, além dos bisnetos, e segundo ela, a companhia
da família a deixa muito feliz. Quando os netos ficam um dia sem visitá-la, já
sente falta. “Eu me sinto muito alegre quando vejo meus netos. E quando eles
estão do meu lado, eu fico abraçando, pegando e beijando eles”, acrescenta.
Os netos alegram os dias de Dona Tereza, é o
que afirma Cenira. “É uma coisa muito bonita quando meus filhos aparecem aqui
em casa fazer visitas,porque eles brincam e conversam muito com a vó deles e dão
muito carinho e atenção. Ela é uma pessoa muito sentimental e precisa muito de
tudo isso, para se sentir amada e lembrada”.
Cenira Ortiz Ferreira (à esquerda) e sua mãe Tereza Ortiz Ferreira (à direita), ambas acreditam que a presença e o vínculo da avó é fundamental na vida dos netos. |
Com lágrimas de emoção, Dona Tereza diz que
ainda pretende viver mais alguns anos. “Eu me sinto bem e sou feliz. Caminho
por toda casa, como sozinha, assisto televisão, ouço rádio e converso. Só pra
fora da casa que eu não saio. E acredito que ainda vou viver mais uns quatro ou
cinco anos”.
Já a vovó Josefa Alibozek de Souza, 77 anos,
é viúva, vive sozinha na área rural de
Irati (PR) e tem 12 netos. Ela conta que sua família sempre viveu da
agricultura e ela trabalhou muito ajudando os pais desde jovem no ramo. “Eu só
trabalhei com agricultura. Junto com meu marido e filhos já plantei fumo,
feijão, milho, batatinha, cebola. Mas, agora eu só cuido da casa, das criações
e planto algumas verduras”, comenta.
A vovó Josefa Alibozek de Souza vive sozinha no interior de Irati. De acordo com ela, as visitas frequentes dos netos fazem com que ela não se sinta tão sozinha. |
Parabéns pelo seu dia Vovó! Você que é duas
vezes mãe... duas vezes carinho... duas vezes amor... duas vezes compreensão...
A equipe do Jornal Hoje Centro Sul, deseja à todas as vovós um Feliz Dia da Vovó,
e também deixamos um abraço especial para todos os vovôs, que além de tudo, são
essenciais para a educação e formação de seus netos.
Texto e Fotos: Thaís
Siqueira/ Hoje Centro Sul