Campus de Irati da Unicentro têm intercambistas da Alemanha


Joschka está fazendo mestrado em energias renováveis e veio ao Brasil para cursar um semestre

Universidade Estadual do Centro Oeste, Unicentro, possui hoje parcerias com instituições de ensino superior em dezessete países: Alemanha, Canadá, Paraguai, Ucrânia, Espanha, Colômbia, Itália, Argentina, Chile, México, Portugal, Irlanda, Austrália, Bélgica, Estados Unidos, Holanda e Reino Unido. A parceria ocorre quando há um interesse recíproco entre as instituições. A partir disso, professores e alunos fazem visitas técnicas nos outros países, realizam seminários, apresentam artigos e, em alguns casos, há até o intercâmbio.


Reprodução/Arquivo pessoal
O assessor especial para a área de relações internacionais do Campus de Irati Ancelmo Schörner, explica como funciona esse processo. “Realizamos algumas visitas ou contatos com as pessoas interessadas e esse interesse pode ser a partir de uma participação de evento, publicação de artigo ou visita na universidade e você estabelece com essas pessoas um determinado tipo de contato”, explica Ancelmo

Em Irati, há pessoas fazendo intercâmbio no Brasil. No curso de mestrado em Engenharia Florestal, por exemplo, há dois alunos fazendo seu projeto. Um deles é Joschka Meier, que é alemão e vem da Universidade de Rottenburg.

No  Brasil, ele cumpre um semestre do seu mestrado em Energias Renováveis. Joschka conta que veio ao Brasil por meio de uma visita de professores da Unicentro à Alemanha, onde houve uma conversa em que foi definido o que seria o seu projeto em Irati.

Joschka está há três meses e meio no país e conta que não sofreu dificuldades com a adaptação, pois há cinco anos viaja o mundo, e está acostumado a  respeitar as  peculiaridades de cada país, ou estado de um mesmo país, em que vai morar. Em 2012, por exemplo, morou no Rio de Janeiro.
Ele conta que, em relação à Irati, o Rio de Janeiro tem muitas diferenças, pois segundo ele a população paranaense se assemelha mais com a européia, já a carioca é mais heterogênea. Outro fator que Joschka  destaca é que Irati é muito frio.

Apesar de a língua alemã ser bem diferente da brasileira, Joschka conta que não teve dificuldades. “Eu já sabia falar muito bem espanhol e quando eu fiquei sabendo que viria para o Brasil já comecei a estudar na Alemanha a língua e aprendi muita coisa. Mas é claro que eu fui aprender mesmo quando cheguei ao Brasil ouvindo as pessoas falarem,” explica.

Contando o tempo em que ficou no Rio de Janeiro, Joschka já conhece bem as peculiaridades brasileiras e conta que o que mais gostou do Brasil é do nosso jeito de ser.

“Aqui o povo é muito mais agradável que na Alemanha, não desmerecendo os alemães, mas eu me sinto bem aqui, muito melhor que nos outros lugares pelos quais eu passei,” conta o alemão.

Joschka terminou a primeira parte de seu projeto no começo de junho. O objetivo da primeira etapa era a colheita e a análise dos dados materiais. Agora ele tem até outubro para concluir a segunda parte, em que  irá ver os aspectos econômicos da Geração de Energia por meio de Biomassas.

Após a conclusão do semestre de projetos, Joschka ainda tem mais dois semestres que irá concluir na Universidade de Rottenburg na Alemanha.

Por Augusto Travensolli