Após manifestação, servidores municipais de Irati decidem continuar negociando com o Executivo

Na manhã do dia 07, aproximadamente 150 funcionários públicos de Irati se reuniram em frente à prefeitura para fazer uma manifestação por melhorias salariais.
O pedido dos funcionários é de 7,91% de aumento na data-base , sendo 5,91% da inflação mais 2% de aumento real.

Augusto Travensolli/Hoje Centro Sul
Na manifestação, servidores cantaram o Hino Nacional, além de entoar cantos em forma de protesto.
Após o primeiro momento, membros da diretoria e alguns representantes do sindicato, se reuniram com o prefeito para negociar e buscar soluções às reivindicações dos servidores municipais.

Decisão da reunião
Após quase duas horas de conversa, servidores e Executivo chegaram a um acordo. Será montada uma comissão entre membros da diretoria do sindicato, funcionários públicos e prefeitura, para que possam analisar a partir de junho os gastos e lucros do município. “Então vamos montar uma comissão formada por membros do sindicato, prefeitura e movimento e em junho vamos avaliar junto com a prefeitura o impacto do 7,3% [parcela da ação dos 35%] na folha de pagamento e a questão já desses ajustes que a prefeitura está fazendo, para que em setembro com o final da arrecadação do IPTU e o aumento das demais arrecadações, a gente possa definir o percentual de reajuste da data-base”, explica o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Irati, José Bodnar.

Além da redução de 10% dos cargos comissionados e funções gratificadas, no mês de junho será pago 7,3% referente à ação dos 35%. E então, a partir disso será analisado o pagamento para que se possa discutir novamente se há a possibilidade ou não de reajuste da data-base.

O prefeito Odilon Burgath (PT), explicou que nesse momento não há a possibilidade do reajuste, pois o município está próximo do limite prudencial. “Nós mostramos uma vez mais que estamos cumprindo com o acordo. Quando nós assinamos os 35%, o incremento da receita seria a base para darmos reajustes para a recomposição da inflação. E então, como a receita não aumentou, não foi possível, nesse momento, conceder o reajuste,” diz Odilon.

Ação dos 35%
O aumento de 35,76% do funcionalismo público foi concedido em 1995, pelo prefeito Felipe Lucas que, no ano seguinte, decretou sua anulação. Diante da situação, o sindicato ajuizou ação em 1997 – ação no. 362/1997 - em nome dos servidores municipais e teve ganho de causa pela nulidade do decreto de revogação, exigindo por consequência o cumprimento do decreto do reajuste.
Desde então vários capítulos percorreram essa ação, mas sem nenhum desfecho. Em maio de 2013, servidores aprovaram a proposta do Executivo, que se comprometeu a pagar em quatro anos o aumento.  No ano passado foi pago 17,84%, referente à ação, o restante foi dividido em três parcelas de 7,3% em 2014, 2015 e 2016, sempre no mês de junho.

Augusto Travensolli