Vereador de Rebouças comete pratica ilegal e causa confusão no município

O vereador de Rebouças, Silvio Pszedimirski (PMDB) é o personagem de uma história confusa no município.  Sua esposa Ivone Pszedimirski é sócia e gerente das empresa Confiar Comércio de Ferragens Industriais e Agrícolas Rebouças Ltda-ME  e S. M. & P. LTDA . Essas empresas mantém contratos com a Prefeitura Municipal de Rebouças que giram em torno de R$ 400 mil por ano.

Diante disto, o Partido Social Liberal (PSL), representado pelo presidente do mesmo, Jetson Josias Szrajia, apresentou denúncia contra o prefeito municipal Claudemir Herthel e contra Silvio Pszedimirski - que estaria incompatível para o exercício pleno do seu mandato de vereador. 
Segundo a Constituição Federal, a prática de prestação de serviços ou venda de produtos por empresas de vereadores à administração municipal é ilegal. Entretanto, segundo a Lei Orgânica do Município há a permissão para isso, causando um grande imbróglio na situação.

O prefeito municipal de Rebouças comentou o fato. "Na verdade, ele [Jetson] tem razão nisso,   não poderia estar acontecendo, mas tem uma mudança na Lei Orgânica que autoriza as pessoas a venderem, sendo parentes até terceiro grau, porque a cidade é muito pequena e seria difícil se não tivesse essa questão", afirma Herthel.

Câmara
A denúncia foi encaminhada à Câmara Municipal de Rebouças há algumas semanas. Na Sessão Ordinária do dia 15 houve a criação de uma Comissão Especial de Ética e Disciplina. Esta, deverá avaliar o caso e, depois, trazê-lo para discussão com os demais vereadores. O presidente da Câmara Municipal de Rebouças, Laertes Cipriano (PT), reitera qual lei tem mais valor. “Acima da Lei Orgânica tem a Constituição Federal”, diz o vereador. Nesse caso, mesmo com a brecha da Lei Municipal o vereador Cipriano acredita que o vereador deve ser investigado.

A situação é estranha e inusitada. O prefeito Herthel define a situação como  complicada para o líder do PMDB e informa que as empresas alvo da denúncia já vendiam para outras gestões municipais, em Rebouças. Para o prefeito,  há a necessidade de avaliar o dinheiro que circulou durante o tempo em que o vereador praticou a ilegalidade e se houve um aumento do giro nos últimos anos.




Por Augustro Travensolli/Hoje Centro Sul