O vereador Antonio Celso de Souza (PSD) disse ter visitado a cooperativa de reciclagem nos últimos dias, atendendo pedidos de alguns coletores. Segundo o vereador, "antes da empresa [HMS] começar a coleta eles tinham uma meta de 60 toneladas/mês e hoje não chegam a 20 toneladas; isto quer dizer que 40 toneladas estão sendo enterradas em um terreno não liberado pelo IAP, não podemos ser coniventes com isto".
Vereador Vilson Menon (PMDB) |
De acordo com o prefeito municipal, Odilon Burgath (PT) não houve esta determinação. "Eu quero reforçar que nunca houve uma ordem da administração que era para recolher tudo. Para misturar o orgânico e o reciclável e desestimular esta prática ecológica, saudável da população de separar o resíduo reciclável", enfatizou Burgath. Ele revela que há preocupação da atual gestão em evitar que qualquer tipo de resíduo permaneça por semanas nas ruas. "O que não pode acontecer, como anteriormente acontecia, é ficar muito tempo este resíduo reciclável na frente das casas. Ou então, casos que já aconteceram,de que uma parte do resíduo reciclável ser recolhido e outra parte não. Alguns colaboradores da cooperativa recolhiam o que interessava, por exemplo o papelão, e deixavam outros resíduos recicláveis", diz o prefeito. Nesses casos, ele considera que uma quantidade mínima de resíduos desta natureza poderão ser coletados pela empresa HMS e destinados ao aterro. Entretanto, Burgath defende que sejam feitos os ajustes necessários para solucionar o problema envolvendo a coleta do lixo reciclável.
O prefeito conta que recentemente foram averiguadas pela administração situações que poderiam ser melhoradas, sobretudo após as recentes "reivindicações das cooperativas falando da diminuição de material reciclável a ser destinado para elas". Houve, segundo Burgath, a definição de um novo "cronograma que estabelece dias fixos como já era anteriormente, de uma maneira organizada, para que a cooperativa se antecipe, recolha este material reciclável e sobre só o orgânico para que a empresa HMS possa recolher".
Outra medida, com o objetivo de sanar todos os problemas relacionados ao reciclável, é uma reunião entre os presidentes das cooperativas, o secretário de Meio Ambiente, o responsável administrativo pela empresa HMS e o prefeito. "Para fazer uma sintonia ainda mais fina, eu convoquei para esta quarta-feira (16), no gabinete, essa reunião", informou Burgath. Outros vereadores que opinaram sobre a coleta de resíduos foram Rafael Lucas (PSB) e José Renato Kffuri (PDT). Lucas enfatizou a necessidade de que haja gestão por metas. "A gestão por metas significa que quando alguém cumpre uma meta se passa para outra. Quando se vê que a pessoa não conseguiu cumprir estas metas, se passa para quem controla esta pessoa". Kffuri foi breve ao comentar o assunto. Em síntese, ele afirmou "que o prefeito que mande esta empresa [HMS] tomar atitude, que diga que o reciclado é do reciclador".
Aterro sanitário

Vale destacar que a multa diária prevista pela lei ambiental caso não haja regularização no destino do lixo até agosto é direcionada à pessoa do prefeito, ao seu CPF, ou seja, é ele quem deverá pagar caso não resolva o problema.
Prefeito Odilon Burgath (PT) |
Ele conta que, para resolver o caso, a administração recorreu à justiça. "A empresa que fez a doação do terreno tem uma dívida com a União. Então nós fizemos uma avaliação da área, e esta avaliação está na Justiça Federal, onde o Município de Irati se compromete a pagar pela área. Estamos esperando tão somente o juiz autorizar que a Prefeitura deposite este recurso, comprando o terreno, como garantia da dívida desta empresa", informa o prefeito. Burgath comenta que a Justiça Federal autorizando, "imediatamente será entregue toda a documentação no IAP para que haja a análise e liberação do aterro sanitário para Irati".
Questionado se haverá tempo para regularizar a situação antes de agosto, o prefeito respondeu que acredita que sim. "Nós estamos esperando que ainda neste mês de abril, no mais tardar maio, nós tenhamos uma solução [autorização da Justiça Federal]. Enquanto isso, nós temos um aterro. Nós temos uma situação que não compensa nesse momento para o Município pensar em transbordo , seria num desespero, a partir de julho, pensar num transbordo. Mas pela quantidade de lixo gerado na cidade o gasto seria muito grande e nós estamos trabalhando para adequar o aterro. As ações continuam sendo feitas no aterro sanitário e a convicção nossa é que vamos cumprir tudo dentro do prazo estabelecido", finalizou Burgath.
Segurança Pública
Familiares e amigos de Juziel fizeram manifesto durante a sessão com faixas e cartazes. Eles reivindicam que se cumpram as leis e pedem justiça no caso do assassinato brutal do jovem. A maioria dos vereadores proferiu palavras de consolo aos familiares e amigos. E, o vereador Renato Kffuri leu uma carta da mãe de Juziel.
Vereador José Renato Kffury (PDT) |
Foto: Ciro Ivatiuk e Sergio Popo / Hoje Centro Sul