Conferência de Defesa Civil tem como foco a prevenção de desastres

A 1ª Conferência Intermunicipal de Proteção e Defesa Civil dos Municípios da Amcespar ocorreu na  última quinta-feira (13), na sede da Associação dos Servidores Públicos Municipais de Irati (ASPMI) . O objetivo da conferência foi promover a participação e a integração das políticas públicas relacionadas à Defesa Civil, com foco na prevenção e preparação contra desastres.


Segundo Rozenilda Romaniw Bárbara, Coordenadora Municipal da Defesa Civil de Irati, foram discutidas ações que precisam ocorrer nos municípios da Amcespar. “Recebemos orientação para  fazer uma conferência municipal em Irati, mas,  em um trabalho em conjunto  com o Capitão Meira, chegamos à conclusão que seria interessante fazermos a intermunicipal, e acredito que foi um momento bastante importante porque, para muitos que estavam ali, a temática ainda é bastante nova,” diz.


Dos onze municípios que compõem a Amcespar, apenas Ivaí não esteve presente.
Rozenilda explica que as discussões sobre Defesa Civil vem acontecendo há vários anos e que, agora, está chegando aos municípios.

“Desde a constituição de 1988, a Defesa Civil começou a tomar uma formatação dentro das políticas públicas, e em 2012, com os movimentos principalmente de municípios que são mais afetados pelos desastres, conseguiram grandes avanços, como uma legislação que criou o Plano Nacional de Defesa Civil e a Política Nacional de Proteção,” conta. E completa afirmando que o Corpo de Bombeiros está estruturando as defesas civis dos municípios, levantando dados, informações e planejando o que é necessário para a prevenção.

Na conferência o debate aconteceu através de eixos temáticos, divididos em gestão integrada e resposta a desastres, integração de políticas públicas, gestão do conhecimento, e mobilização e promoção de uma cultura relacionada à Proteção e Defesa Civil.

Foram formados grupos representantes do poder público, entidades de classe, sociedade civil e comunidade científica, que apresentaram propostas conforme os eixos temáticos.
Tais propostas, segundo Rozenilda Romaniw, podem até compor a Política Nacional de Proteção, mas principalmente servirão para orientar os municípios nesse trabalho de prevenção. Ela  afirma que os delegados de cada grupo externaram as preocupações dos municípios, e que isso levou à reflexão sobre prevenção.

“Vale,  agora, as defesas civis se estruturarem e começarem a divulgar o quanto é importante se preocupar com a proteção, com o uso e ocupação do solo, enfim, com tudo aquilo que os delegados externaram como preocupações, pois normalmente, só depois que acontece o desastre que as pessoas param, analisam e se preocupam, e a cultura da prevenção fica sempre em segundo plano, então, acho que esse momento tem essa reflexão, que os municípios precisam trabalhar preventivamente, sempre se antecipando aos seus problemas,” afirma.


Kaio Ribeiro