Os danos causados ao meio ambiente afetaram moradores de áreas próximas, que perderam o gado devido a contaminação dos rios em anos anteriores e, agora, o prefeito de Prudentópolis tem o prazo de noventa dias para tomar as providências cabíveis
Atualmente o processo está em exercício de execução, determinando um prazo de 90 dias (a partir da intimação do prefeito em 05/02/2014) para a situação ser regularizada, com a retirada do lixão do local atual. Caso contrário o prefeito receberá multa diária de R$ 2 mil - valor estabelecido em 2007, em um dos julgamentos.
O advogado dos autores da ação, João Chociai, salienta que o lixão comprometeu todo o ambiente local, já que nunca houve tratamento. E lamenta a demora na execução, pois não apenas seus clientes estão sendo afetados, como os arredores da localidade. “Em 1995 nós movemos essa ação contra o Poder Público Municipal justamente pedindo intervenção do poder judiciário para que houvesse uma solução disso aí, bom 95, nós já estamos em 2014, quase 19 anos nessa luta,” explica.
@ kaio Ribeiro |
No processo consta uma resposta do Município através de seu Procurador, na data de 18 de março de 2013, alegando que as providências estariam sendo tomadas, e que quase todas as exigências do Ministério Público teriam sido cumpridas, exceto duas: a instalação de valas para escoamento do chorume e águas pluviais, e a instalação de chaminés para a saída dos gases.
A equipe de reportagem do Hoje Centro Sul esteve no lixão, fotografou-o, e registrou que essas duas ações ainda não haviam sido tomadas até a data de 10 de fevereiro de 2013.
O prefeito Gilvan Agibert afirma, em contrapartida, melhorias no aterro. “Diria que hoje 80% do aterro está certo, e não que esses 20% não estejam certos, mas são exigências a mais que eles fazem e tem que ir se adequando aos poucos, porque geralmente são coisas, muitas vezes, que não existe financiamento para isso, e nós estamos sempre tentando ir se adequando aos poucos,” diz.
Aos poucos a contaminação da área foi sendo realizada, até hoje, onde provavelmente toda a comunidade vizinha ao lixão pode correr riscos.
@ kaio Ribeiro |
Apesar de ter ciência da situação, por ter assinado a intimação no último dia 05, o prefeito ainda contradiz mais uma vez o processo. “Nós temos que adequar algumas questões que um vizinho nosso fez uma denúncia, na verdade é um processo desde 2006 que está sendo tocado, que existia um chorume que ia num terreno dum rapaz, num rio, e que já foi solucionado,” diz o prefeito. Como explicado acima, o processo vem de 1995, e, se o chorume tivesse sido canalizado, a justiça não teria dado uma intimação executora, com prazo de 90 dias, ao município.
De Kaio Ribeiro, da Redação