Preparação para volta às aulas

Confira o que pode constar na lista de materiais escolares e veja algumas dicas na hora de ir às compras


Luana Stadler




[caption id="attachment_35257" align="alignleft" width="300"]materialescolar (1)cMYK-OK Foto: Luana Stadler[/caption]

Com a data para o início das aulas chegando, a correria para compra dos materiais escolares aumenta. A maioria das escolas de ensino fundamental oferece uma lista de itens para a volta às aulas, mas os pais devem ficar atentos na hora de adquirir os materiais.
Desde o ano passado, a lei federal nº12886/13 proíbe a inclusão de materiais coletivos como produtos de higiene e limpeza, grampos, folhas de papel, giz, copos e talheres descartáveis, nas listas escolares. Além disso, a escola também não pode exigir determinada marca ou estabelecimento para compra.
De acordo com o coordenador do Procon em Irati, Ronaldo Luiz Evangelista, mesmo com as listas oferecidas pelas instituições, não há lei que obrigue a compra do material. “O que deve prevalecer, neste caso, é o bom senso. Ou seja, os pais buscarem uma compra orientada, lembrando que o interesse que deve prevalecer sempre é o do aluno”, diz.
Ensino Infantil e Fundamental
Em Irati, cerca de 5 mil crianças estão matriculadas no sistema infantil e fundamental de ensino. Cada escola municipal possui, respeitando a lei federal, sua própria lista que é oferecida aos pais, mas a compra de todos os itens não é obrigatória.
Além disso, a Secretaria Municipal de Educação repassa às escolas uma quantidade de materiais básicos, que são distribuídos durante todo o ano de acordo com a demanda dos estudantes. O uso do uniforme na rede municipal também não é obrigatório.
Segundo a secretária de educação de Irati, Claudia Zanlorenzi, a orientação dada pelas coordenadoras pedagógicas é que o material seja de boa qualidade e durabilidade. “Nós não exigimos nenhuma marca. Falamos para os pais comprarem o material mais básico possível, tudo dentro da possibilidade financeira de cada um”, explica.
Claudia também afirma que a compra dos produtos deve ser uma decisão tomada também pelo aluno. “É muito importante que a criança acompanhe os pais, que ela seja considerada. Isso faz parte de um processo de aprendizagem, ensina a administrar. Mas também envolve os pais saberem negociar com os filhos”, ressalta.
Preços e marcas
Com a nova lei federal, o preço final da lista de materiais diminui. Mesmo assim, o valor dos produtos pode variar muito de acordo com a marca e as especificidades. Uma pesquisa feita pelo Procon-PR, em janeiro deste ano, mostra diferença de até 225% no preço de um mesmo material.
Uma caneta de uma determinada marca, por exemplo, custa R$1,00, e outra do mesmo modelo e da mesma loja chega a custar R$4,30. Já em lojas diferentes o preço pode variar ainda mais. Um caderno da mesma marca custa R$30,60 em uma loja e R$19,50 em outra, uma diferença de mais de R$10,00.
Para evitar gastos desnecessários, o coordenador do Procon em Irati, Ronaldo Luiz Evangelista, orienta os pais a fazer pesquisa de preço e consultar diversos pontos de venda. Além disso, para economizar, os pais devem confirmar com a escola se determinado material é mesmo necessário e reaproveitar produtos do ano anterior.
Segundo Ronaldo, na hora da compra é necessário se atentar também para a qualidade do material. “Nem sempre o material mais sofisticado é o de melhor qualidade ou o mais adequado. E  atenção também  para a compra em vendedores ambulantes, pois o preço pode ser menor, mas não há emissão e nota fiscal e muitas vezes os produtos não possuem certificação do órgão responsável”, alerta.