Aprovado o projeto de dragagem e limpeza da Bacia do Rio das Antas

O Conselho Municipal do Meio Ambiente liberou uma verba do fundo municipal para a realização de serviços de prevenção contra alagamentos


Kaio Ribeiro


O mês de março está próximo, e a quantidade de chuvas tende a aumentar até lá. Para os moradores próximos dos rios que cruzam o perímetro urbano de Irati, essa é uma época de apreensão, devido aos  riscos de enchentes.
A última enchente ocorrida na cidade foi nos dias 20 e 21 de junho de 2013. Essa data registrou um índice pluviométrico de 267 mm em apenas 3 horas. A área que compreende parte do bairro Canisianas e o Centro foi uma das mais afetadas no município. No entanto, alagamentos na cidade ocorrem desde a década de 80.




[caption id="attachment_35250" align="alignleft" width="300"]Sem título Foto: Kaio Ribeiro[/caption]

A comunidade iratiense vem discutindo, junto aos órgãos responsáveis pelo zelo dessas áreas, a urgência de obras que minimizem as possibilidades de alagamentos. Inclusive abaixo-assinados e pedidos de averiguação da situação de certas áreas foram protocolados pela sociedade civil junto à Prefeitura Municipal.


A Secretaria do Planejamento e Coordenação do município se reuniu com o Conselho do Meio Ambiente na última quinta-feira, 23, para a apresentação de um projeto de dragagem, limpeza de margens e remoção de árvores caídas ou em risco de tombamento na Bacia do Rio das Antas, principal rio dentro do perímetro urbano de Irati. O intuito do setor de planejamento da prefeitura era a liberação de verbas de um fundo municipal pertencente ao Conselho do Meio Ambiente para a realização das ações.


Aprovado com apenas um voto contra, o projeto prevê obras para os trechos mais críticos dentro dos 12,8 km da Bacia do Rio das Antas. Os serviços começarão a partir do viaduto abandonado da BR-277, próximo à uma estação de tratamento da Sanepar, e acompanharão a trajetória do rio dentro do perímetro urbano de Irati.
A empresa que executará as obras, Alta Vista Construções e Terraplanagem Ltda., de Curitiba, já está licitada. O trabalho será feito com uma retroescavadeira hidráulica, ao custo de R$ 164,00 a hora-máquina, e uma retroescavadeira menor, ao custo de R$  92,00 a hora-máquina.




[caption id="attachment_35282" align="alignleft" width="280"]Arquivo Hoje Centro Sul Arquivo Hoje Centro Sul[/caption]

O fundo municipal do Conselho do Meio Ambiente dispõe de R$ 181.052, 34, dos quais, segundo Rozenilda Romaniw do setor de Planejamento da Prefeitura, serão solicitados R$ 100 mil para a execução das obras. “Agora, pelo Planejamento, nós vamos fazer a requisição dos serviços para a Secretaria de Finanças para que ela possa nos autorizar a dar ordem de serviço de até R$ 100 mil para executar o trabalho,” explica Rozenilda.
O secretário de Ecologia e Meio Ambiente de Irati, Osvaldo Zaboroski, apoiou a liberação da verba, e discutiu a situação dos rios em Irati. “O que foi sendo feito em Irati, por muitos e muitos anos, a liberação de construção de muros, chácaras particulares, alteração do leito do rio, colocação de material de resíduo de construção em barranca de rio, aterramentos, nós podemos gastar milhões e milhões, requerer do conselho, dos membros, realmente liberar o que nós temos do fundo municipal pra fazer obras minimizando futuras enchentes,” comenta Zaboroski.
O secretário ainda salienta que o intuito, durante a realização das obras, é retirar e reaproveitar. Ou seja, destinar o material depositado no fundo do rio, terra e entulhos, a outras obras.