Incêndio destrói mais de 3 mil metros quadrados de edificação em Irati


O Comandante do Corpo de Bombeiros de Irati, Jorge Augusto Ramos, conta que a ação conjunta foi o que ajudou a preservar mais da metade do edifício. O fogo começou por volta das 4h da manhã desta segunda-feira (26). A princípio, a causa pode ser externa.

Depois do almoço, surgiu a notícia de que um corpo carbonizado foi encontrado em meio aos escombros, em uma estrutura ao lado do Centro de Eventos atingido pelo incêndio.

Detalhes sobre o incêndio que queimou metade de uma quadra de empreendimentos em Irati na entrevista com o Capitão Jorge Augusto Ramos:


ATUALIZADO:  26/02/2018 - 17h

HIPÓTESE DE INCÊNDIO CRIMINOSO
Em entrevista coletiva de imprensa, o delegado da Polícia Civil de Irati - PR, Paulo César Eugênio Ribeiro, comentou que a polícia trabalha com a hipótese de um incêndio criminoso.


Inicialmente, o delegado citou que o cadáver não foi localizado no Centro de Eventos em si, mas sim em uma estrutura ao lado. "A perícia foi ao local, fazer o levantamento do local junto com o IML, razão pela qual foi localizado este corpo, totalmente carbonizado", disse.

Em seguida, questionado sobre quem seria o proprietário do local, o delegado citou que, apesar de a polícia já ter conhecimento deste nome, o mesmo não será citado, no intuito de que a pessoa seja preservada. O delegado citou também que - apesar de ainda ser necessário fazer uma investigação mais aprofundada sobre o caso para que haja certeza desta informação - até então se tem como verdadeira a afirmação de que a estrutura onde o corpo foi encontrado estaria sendo utilizada por moradores de rua como forma de abrigo.

O delegado comentou ainda que não havia sido feito nenhum Boletim de Ocorrência (BO) a respeito do desaparecimento da pessoa encontrada, pedindo em seguida à população que, sempre que ocorra o sumiço de uma pessoa, que este fato seja o quanto antes comunicado à Polícia Civil, o que facilitaria o trabalho da instituição.

Perguntado acerca de qual seria o procedimento daqui em diante, o delegado respondeu que inicialmente a polícia teria sido acionada somente pelo fato do incêndio, e que a instituição já está instaurando um inquérito policial e trabalhando junto à Perícia e ao Corpo de Bombeiros para levantar as causas deste ocorrido.

Conforme as palavras de Paulo César Eugênio Ribeiro, o que agravou a situação foi a descoberta do corpo em meio aos escombros, o que, segundo ele, exige um pouco mais de cautela, para que a pessoa em questão possa ser identificada com exatidão junto à Perícia e ao IML. Para o delegado, o prazo inicial da Perícia para identificação do corpo seria de dez dias, e que este prazo seria maior para o IML, devido às dificuldade pelas quais o órgão passa. No entanto, Ribeiro acredita que essa identificação não deverá demorar muito, em razão da repercussão que o caso gerou.

Quando a imprensa perguntou a respeito da possibilidade de um incêndio criminoso ou incêndio acidental, o delegado respondeu: "na verdade, a hipótese levantada pelos investigadores que compareceram ao local, seria de que se trata realmente de um incêndio criminoso. O que a gente tem que apurar, é se havia vontade realmente de executar, de matar a pessoa carbonizada", pontuou.

Também conforme o que foi dito por Paulo César Eugênio Ribeiro, por enquanto nenhum material ou indício foi colhido. "Pela colheita inicial das provas que a gente obteve no local, não temos ainda o indício do que realmente causou o incêndio", finalizou o delegado de Polícia Civil.

Reportagem:
Sérgio Popo

Texto:
Leonardo Schenato Barroso