Na 16ª sessão da Câmara de
Rebouças, que aconteceu no dia 2 de junho, o presidente da Câmara Ricardo
Carlos Hirt Junior e o vereador Laércio Cipriano pediram esclarecimentos sobre a
compra de um veículo Kangoo para a Secretaria Municipal de Saúde. Segundo eles,
há indícios de superfaturamento.
O vereador Laércio
Cipriano explica que o veículo teria sido adquirido com recursos do
Ministério da Saúde, entregues ao município em dezembro de 2012, para a
aquisição de uma ambulância. “Parece que o dinheiro ficou parado até esse ano
e, só então, a prefeitura comprou o veículo. O Kangoo não tem espaço
suficiente, não cabe nem um adulto deitado e, como ambulância, não está sendo
muito utilizado. Além do preço exorbitante, a ambulância que, de fato, era pra
ser comprada, não foi”, afirma.
Segundo o secretário de Saúde de
Rebouças, Jaciel Molinari, em reportagem publicada no site da própria
Prefeitura, o veículo foi adquirido pelo valor de R$67.500,00, quando, na
época, tinha uma média de preço de R$38 mil. Hoje, um modelo mais novo, no site
da empresa fabricante, custa cerca de R$43 mil. “Ouvimos essa denúncia em
jornais aqui de Rebouças e queremos esclarecimentos. Eles alegam que o veículo
precisou ser adaptado, mas até onde investigamos, esse serviço não passa de R$5
mil. Queremos os documentos pra analisar se tudo está certo. Afinal, esse é o
trabalho do vereador: fiscalizar e levantar dúvidas quando elas existem. Somos
pagos para isso”, diz o presidente da Câmara Ricardo Carlos Hirt Junior. A
Prefeitura de Rebouças tem 15 dias para apresentar a documentação da compra.
Durante a 16ª sessão da Câmara de
Rebouças, os vereadores também pediram informações sobre uma empresa que
terceirizava funcionários para o município. Segundo Laércio, após o
cancelamento do contrato, alguns servidores entraram na justiça contra a
empresa. “Queremos saber se esses funcionários receberam tudo o que deveriam
ter recebido ou se houve algum problema. Já sabemos que a contratação dessa
empresa foi um péssimo negócio e deu prejuízo para Rebouças. Agora, queremos
saber se houve algum tipo de irregularidade no final do contrato”, finaliza.
Texto: Kyene Becker/Hoje Centro Sul
Fotos: Silmara Andrade/ Hoje Centro Sul
Laercio Cipriano Foto: Arquivo/Hoje Centro Sul |
Ricardo Hirt Foto: Arquivo/Hoje Centro Sul |
Claudemir Herthel Foto: Arquivo/Hoje Centro Sul |