Unicentro - Campus Irati sedia Fórum Paranaense de Acessibilidade

Na quinta-feira (21), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), em parceria com a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e entidades de classes de Irati e região, promoveram o Fórum Paranaense de Acessibilidade, no Auditório Denise Stoklos, campus de Irati.

Thaís Siqueira/Hoje Centro Sul
O Fórum tem desdobramentos em todas as regionais do Estado, sendo realizado ao menos três edições em cada uma das regionais, além da realização de um Fórum Internacional de Acessibilidade do Crea-PR.

O objetivo do evento foi disseminar a cultura da acessibilidade, trabalhando em conjunto com instituições que se preocupam com o tema, a fim de realizar uma grande discussão em todo o Estado.
Além disso, abordou os principais temas envolvendo acessibilidade, tais como: legislação, normas, calçadas, arborização, novas tecnologias, inclusão no ambiente de trabalho, dentre outros.
Segundo o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná, Gabriel Guy Léger, a acessibilidade é uma preocupação de âmbito nacional.

“No setor da construção civil, a acessibilidade é um dos temas mais importantes a serem discutidos. O assunto é cada vez mais discutido e deve ser tratado com seriedade”, comenta.
A engenheira civil e presidente da Comissão de Acessibilidade do Crea-PR, Célia Neto Pereira da Rosa percorreu a cidade de Irati e comentou o assunto.

“Eu passei rapidamente pela cidade e não tive muito tempo para analisar como está a cidade de Irati, em questões de acessibilidade. Mas, pelo o que eu pude perceber, não muda muita coisa em relação às outras cidades. O que nós precisamos, é de conscientização das pessoas quanto à importância da acessibilidade na sua casa, na sua rua e em toda a sua cidade”, fala.

De acordo com Célia, o tema acessibilidade é atual, tem gerado muita discussão e cada vez mais as pessoas estão se preocupando com isso. “Estou muito contente de ouvir o prefeito Odilon Burgath dizer que está disponível, consciente e pronto para melhorar a acessibilidade da cidade de Irati. É muito importante que o poder público esteja engajado nisso e com isso todos vão ganhar”, diz.

”Nós nos colocamos à disposição de todos os integrantes do CREA-PR, o qual eu parabenizo pela iniciativa do Fórum. Nós sempre nos preocupamos com a acessibilidade. Um exemplo disso é a construção da nova rodoviária, um prêmio importante, o qual a população aguarda ansiosamente o término das obras. Temos muitos desafios pela frente e eu caminharei em busca de melhorias para as pessoas que precisam e mais necessitam”, comenta o prefeito de Irati, Odilon Burgath (PT).

Célia dá sua opinião sobre o que falta nas obras das cidades do Brasil, para facilitar o acesso daquelas pessoas que precisam. “Na verdade, o primeiro passo é conhecer as leis e o segundo é saber o bom senso da mobilidade das pessoas. Normalmente o foco é sempre o cadeirante, porém uma rampa de acesso suavizada, uma entrada de um prédio com um corrimão adequado ou é um local bem sinalizado será bom para todos, tanto para o jovem, quanto para o idoso ou deficiente”, explica.

Hoje as construções na Europa são avaliadas em funções da mobilidade, então nos dias atuais quando alguém pretende vender um imóvel, a primeira característica que eles colocam é a mobilidade, conta Célia.

“Um bom imóvel tem o valor agregado de 30% e isso vai ser o nosso futuro. Quando você for comprar uma casa, você não vai olhar somente o tamanho dos compartimentos e, sim, olhar qual é a acessibilidade que essa casa tem”, finaliza.


Thaís Siqueira/Hoje Centro Sul