O
projeto é realizado pela Afubra em parceria com escolas da região. Os dois
melhores trabalhos serão apresentados no Encontro Sul Brasileiro do Projeto
Verde é Vida, no Rio Grande do Sul
Na última sexta-feira (08),
a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) em parceria com escolas da
região realizou a Mostra Científica do Projeto Verde é Vida, em Teixeira
Soares. Ao todo foram expostos 26
trabalhos desenvolvidos por alunos e supervisionados pelas professoras.
O gerente da Afubra
Irati, João Paulo Perussolo, comenta que o objetivo do Projeto Verde é Vida é
apresentar propostas para o desenvolvimento sustentável dos locais de moradia
dos alunos. Além disto, também resgatar a cultura dessas localidades. “Cada trabalho representa uma necessidade,
uma ideia, uma sugestão de melhoria para suas comunidades, porque a grande
maioria dos alunos é do interior, mas nada impede que alunos do quadro urbano
participem também. Dessa forma, podemos observar que são vários itens, desde
reciclagem do lixo, conservação de fontes naturais, o uso adequado da horta até
a agricultura familiar. Aqui nós também podemos observar a questão do resgate
cultural. São várias informações que temos em toda nossa região e que muitas
vezes estão sendo esquecidas”, afirma.
Gerente da Afubra Irati, João Paulo Perussolo |
A secretária de Educação
de Teixeira Soares, Neli Perreto,
explica que é a segunda vez que a Mostra é realizada no município. “Já é
a segunda vez que recebemos a Mostra Científica do projeto aqui, mas dessa vez
está sendo diferente, pois vieram todos os trabalhos das escolas. Antes só eram
expostos os trabalhos escolhidos para o Encontro Sul Brasileiro”, afirma. Ela
conta que há vários anos as escolas de Teixeira Soares participam do projeto e
as crianças aprovam, pois o tema a ser trabalhado é escolhido por elas. “Nós
participamos desde 2002 e ele acrescenta muito na vida das crianças. E fica
livre, é a criança que escolhe o trabalho que ela quer fazer. Então, parte da
criança, não é um trabalho que vem com o tema pronto”.
João Paulo conta que durante
a Mostra, dois trabalhos são escolhidos para participarem no Encontro Sul
Brasileiro do projeto ‘Verde é Vida’. “Dois trabalhos foram escolhidos para
irem para Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, para o Encontro Sul
Brasileiro do Verde é Vida. Lá é escolhido o melhor trabalho e feita a
premiação. São três dias de exposição e é bastante frequentado”, diz.
Irati foi representada
apenas por um trabalho, porém, quatro escolas do município participam do
projeto. A representante da Secretaria de Educação de Irati, Sirlei Brandalise,
afirma que o projeto é importante para a conscientização das crianças e que
mais escolas deveriam participar das atividades. “É importante para a
conscientização das crianças. O projeto Verde é Vida veio trazer coisas boas
para as escolas. Eu ainda penso que todas as escolas deveriam aderir ao
projeto”.
A secretária de
Educação de Mallet, Waldinéia Vandrovieski,
explica que o projeto auxilia os alunos a conhecerem melhor o município onde
vivem, pois os temas discutidos são próximos da realidade das crianças. “O
projeto traz temas importantes para serem discutidos e agora, com a pesquisa
científica, eles estão aprofundando e conhecendo mais o próprio município,
porque todos os trabalhos desenvolvidos têm como base o que o município traz,
como por exemplo, a cultura, as empresas, o projeto da agricultura familiar, as
olarias. Além disso, todos os temas são próximos da realidade das crianças que
desenvolvem esses projetos”, completa.
O município de Rio Azul
foi a cidade que mais teve representantes na Mostra Científica. No total, foram
sete trabalhos apresentados. A secretária de Educação de Rio Azul, Roseli Surmacsz Gurski, afirma que o projeto está
contribuindo para o crescimento pessoal dos alunos. “Desde o início do
ano as escolas já desenvolvem os projetos. A gente percebe no desenvolvimento
das crianças, na participação deles, o conhecimento que eles estão adquirindo
com o desenvolvimento desse projeto”.
Para o prefeito de
Teixeira Soares, Ivanor Luiz Muller, mais
parcerias entre poder público e instituições privadas deveriam acontecer.
Segundo ele, o desenvolvimento do projeto auxilia de todas as formas os alunos.
“Esse projeto tem uma importância significativa, porque melhora o
aprendizado da criança. Tenho um exemplo de algum tempo atrás, onde o pessoal
dizia que não ia mais ter lenha, que ia acabar. E hoje, vemos que isso não
aconteceu, que o pessoal distribuiu muda, o pessoal plantou e continuam com
esse hábito. Nós deveríamos ter mais iniciativas como essa, porque o município
só cresce com parcerias”, finaliza.
Texto: Kyene Becker/Hoje Centro Sul