Alguns moradores de Irati ficam 15 dias sem telefone e internet

O assessor técnico do Procon de Irati, Dyorgines Luccas Wodonos, conta que o Procon atende uma média de cinco casos por dia somente relacionados à operadora OI. Segundo ele, recentemente foi possível notar um aumento na demanda de reclamações referente ao não funcionamento de serviços de telefonia e internet, decorrente de acidentes em que os cabos foram rompidos por caminhões e outros problemas técnicos

O morador da cidade de Irati (PR), Noel Serbai, entrou em contato com o Jornal Hoje Centro Sul, na quarta-feira, dia 30 de julho, para relatar seu problema com a companhia de telefonia Oi.

@Thaís Siqueira/Hoje Centro Sul
Noel conta que ficou 15 dias sem telefone e sem internet, assim como todos os seus vizinhos. O motivo de ficarem sem telefone e internet é que um caminhão bateu contra um poste, na Rua Dona Noca, em frente à rodoviária nova, danificando a rede de telefone. “No dia 31 de julho, voltou a funcionar o telefone. Mas, estou decepcionado com a Oi, pois a empresa demora muito para resolver os problemas, deixando muitas pessoas prejudicadas. Eu que tenho uma empresa, ficar sem telefone e internet é horrível”, diz.

De acordo com Noel, ele entrou em contato inúmeras vezes com a empresa Oi, e só depois de ir ao Procon, o caso foi resolvido. “Eu entrei em contato com a Oi e eles só prometiam que iam arrumar. Porém, só enrolaram. Então resolvi ir ao Procon, e só assim, eles arrumaram”, explica.

Procon
O assessor técnico do Procon de Irati, Dyorgines Luccas Wodonos conta que o Procon atende uma média de cinco casos por dia somente relacionados à operadora OI. Segundo ele, recentemente foi possível notar um aumento na demanda de reclamações referente ao não funcionamento de serviços de telefonia e internet, decorrente de acidentes em que os cabos foram rompidos por caminhões e outros problemas técnicos, situação essa agravada por greve das empresas terceirizadas que prestam serviços para a OI. Ou seja, a pessoa entrava em contato com a OI solicitando o reparo na linha, a ordem de serviço era aberta, porém o serviço não era executado,  o que levava as pessoas a  recorrem ao Procon.

“Nós entrávamos em contato com a operadora e realmente a ordem de serviço estava pendente. Sendo assim, abríamos uma nova solicitação via atendimento exclusivo do Procon. Houve alguns casos mais graves em que o consumidor nos relatou que o técnico se deslocava até o local de reparo, fazia uma vistoria e finalizava a ordem como se o serviço tivesse sido executado e concluído, quando na verdade não havia sido feito nada. Provavelmente essas situações também estariam relacionadas com a greve”, diz Dyorgines.

Referente ao escritório da OI, em Irati, Dyorgines informa que se encontra com as atividades encerradas e no momento não está funcionando.

Quem tiver problemas não só com a OI, mas com qualquer operadora de telefonia, segundo Dyorgines,  deve primeiramente entrar em contato com o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da própria empresa para fazer sua reclamação, solicitar e anotar o número do protocolo de atendimento, pois é a prova que a ligação foi registrada e com esse número o consumidor pode futuramente solicitar a gravação da conversa telefônica.  Após esse procedimento, caso o problema não tenha sido resolvido, o consumidor pode ir diretamente ao Procon munido dos dados pessoais do titular da linha e de preferência com o número do protocolo registrado no SAC. “Sendo assim entramos em contato diretamente com a operadora através do canal de atendimento exclusivo entre a empresa e o Procon. Após aberta a solicitação, a operadora tem um prazo de até cinco dias úteis para concluir a solicitação”, explica.

Thaís Siqueira  / Hoje Centro Sul