Observatório Social de Irati inicia atividades

O Observatório Social de Irati (OSI) finalmente teve seu início oficial. Na última quarta-feira (31), na sede da Aciai, a executiva se reuniu e convocou o público iratiense, assim como políticos da cidade, para dar o anúncio de que a entidade, que foi idealizada em abril do ano passado, iria começar a sua atuação em Irati.
100_1202O presidente do OSI, Vanderlei Zarpellon comentou na cerimônia que o objetivo do Observatório é desenvolver monitoramento das atividades dos poderes públicos municipais, tanto no âmbito executivo, quanto no legislativo. “Com certeza iremos desenvolver um trabalho amistoso com ambos. Somos todos iratienses e queremos o melhor para nossa cidade”, afirmou o presidente do OSI.
Também presente na ocasião, a diretora executiva do Observatório Social do Brasil (OSB), Roni Enara, explicou que a entidade é um espaço democrático apartidário que tem o propósito de contribuir com a melhoria da gestão pública. “Isso é realizado através de uma metodologia de monitoramento das compras municipais”, disse.
Direcionando a palavra ao prefeito de Irati, Odilon Burgath (PT) e ao presidente da Câmara Municipal, Amilton Komnitski (PPS), Zarpellon pediu a cola-boração dos representantes públicos municipais, para que o Observatório possa trabalhar de forma que venha transferir à comunidade a transparência dos meios públicos de Irati.
“O Observatório Social de Irati não é de propriedade pessoal de ninguém. Todos nós, iratienses, somos parte dele”, esclareceu o presidente.

 

Como funciona

O monitoramento das compras acontece desde a publicação do edital de licitação, até o certame, quando são abertas as propostas, até o pagamento. “Tudo isso é público, então qualquer cidadão pode e deve acompanhar”, afirmou a diretora do OSB, Roni Enara. O Observatório faz esse trabalho de forma organizada e com uma metodologia padronizada.
Quando é encontrado qualquer indício de irregularidade, a primeira pessoa a saber é o prefeito ou o presidente da Câmara Municipal, dependendo se o edital é do poder Executivo ou do Legislativo. “Isso porque o propósito não é denunciar, mas sim mostrar irregularidades que podem ter sido cometidas por algum descuido”, comentou Roni.
Não havendo a correção da irregularidade, o Observatório manda um relatório para a Câmara Municipal para que seja fiscalizada a situação. Por fim, se a própria Câmara não resolver o caso, a irregularidade é então encaminhada ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas do Estado ou da União, conforme a origem do recurso. “Na grande maioria das vezes a questão já é resolvida quando encaminhada ao prefeito ou ao presidente da Câmara”, apontou a diretora do OSB.
Além disso, o Observatório ainda fiscaliza os cargos em comissão, convênios, obras, processos, gestão de estoque e o trabalho da Câmara Municipal.

 

Confiança

Zarpellon apontou que o início das atividades do OSI era esperado pelos cidadãos iratienses devido à necessidade de um órgão que fiscalize os gastos públicos. O presidente até brincou com a exacerbada confiança que, segundo ele, vem sendo depositada na entidade. “Algumas pessoas acham que o Observatório Social de Irati vai até curar sintomas da gripe H1N1”, disse. Por isso, o presidente do OSI explicou que a entidade tem limitações, visto que todos os membros são voluntários.
O prefeito Odilon Burgath prestou apoio à entidade e garantiu que a administração pública “está com as portas abertas para o Observatório Social”.

Texto: Guilherme Capello, da Redação
Fotos: Lucas Waricoda, da Redação